Um passageiro foi expulso violentamente do avião que fazia a ligação entre Chicago e Louisville no último fim de semana. O episódio foi filmado por outros passageiros e publicado no domingo no Facebook. A onda de contestação já se espalhou por várias redes sociais.
De acordo com alguns utilizadores das redes sociais, o homem expulso é um médico asiático que viajava para Louisville para consultar alguns pacientes. No vídeo, com cerca de 30 segundos, pode ver-se um homem a ser brutalmente retirado do seu lugar pela polícia e, de seguida, arrastado pelos braços ao longo do corredor do avião, por um segurança. Vê-se também choque de outros passageiros.
https://www.youtube.com/watch?v=qXJzJvhpglY
Segundo uma testemunha, os passageiros foram questionados no momento do embarque acerca da possibilidade de trocar de voo. Nenhum passageiro manifestou interesse em mudar mas os funcionários da companhia deixaram que todos entrassem. A United Airlines emitiu um comunicado em que justificava a sua ação por falta de lugares no avião.
O voo 3411 de Chicago para Louisville estava sobrelotado. Depois da nossa tripulação procurar por voluntários, um passageiro recusou-se a sair do avião voluntariamente e a polícia foi chamada. Pedimos desculpa pela situação de falta de lugares. Mais detalhes acerca do passageiro expulso serão reportadas às autoridades” pode ler-se no comunicado.
Audra Bridges, quem publicou o vídeo no Facebook, revelou que um gerente da United Airlines apareceu no avião com um computador e selecionou quatro passageiros aleatoriamente para sair. Um deles era o médico do vídeo que depois de apresentar as circunstâncias que faziam com que tivesse de estar em Louisville na manhã seguinte foi mesmo assim expulso à força. Depois de ser retirado, o homem acabou por regressar ao avião, ensanguentado e com tonturas.
O voo acabou por atrasar cerca de duas horas e os passageiros não tardaram a reagir através das redes sociais. “Fica-se desabilitado depois de recusar sair voluntariamente do lugar no avião. É como a United funciona”, lê-se num dos tweets.
You get disabled after you decline to voluntarily give up your seat. That's how United comes together. pic.twitter.com/VbxKMJoiI6
— Mr. Misunderstood (@cfcbluespride) April 10, 2017
Ainda esta segunda-feira, Oscar Munoz, o diretor da United Airlines, reagiu à situação através do Twitter e emitiu um comunicado em que se pode ler: “Esta foi uma situação perturbadora para todos nós aqui na United. Peço desculpa por termos de reacomodar os passageiros. A nossa equipa está trabalhar de forma urgente com as autoridades e a conduzir a nossa própria revisão detalhada do que aconteceu. Estamos também a tentar chegar ao passageiro em questão para falar diretamente com ele e obter a sua morada e resolver esta situação”
United CEO response to United Express Flight 3411. pic.twitter.com/rF5gNIvVd0
— United Airlines (@united) April 10, 2017
No mês passado, a mesma companhia esteve envolvida num episódio polémico não muito diferente deste. Duas crianças foram impedidas de entrar no avião porque estavam a vestir leggings que, de acordo com a United Airlines, não obedece ao dress code da companhia.
O caso das leggings que impediram duas meninas de voar na United Airlines