No rescaldo da polémica com o PS no Porto, Rui Moreira aponta as culpas aos socialistas pela rutura. Em entrevista ao Observador (que será publicada na íntegra ao final do dia), o atual presidente da câmara do Porto e candidato independente para mais um mandato explica a sua versão dos factos: Ana Catarina Mendes, na entrevista ao Observador, “disse que a lista [do movimentos de Rui Moreira] estava condicionada”. E, para Rui Moreira, “a lógica das candidaturas independentes não é a lógica de quem é o número 2, 3 ou 4 na lista. Essa é a lógica dos partidos”.

Para o candidato do movimento O Nosso Partido é o Porto, o problema não era o PS, na noite eleitoral, vir a celebrar e a contabilizar os votos da candidatura que apoiava; o problema foi o PS achar que condicionava os lugares na lista. Ana Catarina Mendes, enquanto secretária-geral-adjunta, devia ter saído em defesa de Rui Moreira face às declarações que tinham sido feitas pelo eurodeputado socialista Manuel dos Santos, disse. No Facebook, o eurodeputado escreveu que “havia um acordo secreto ao mais alto nível” que passava por Rui Moreira ir para ministro ou para o Parlamento Europeu, para Manuel Pizarro chegar assim à presidência da Câmara do Porto, num “golpe palaciano”. Rui Moreira desmentiu, mas não gostou que o PS não tivesse feito o mesmo.

Sobre o futuro, o candidato independente admite que “vai ser muito mais difícil” ganhar as eleições sem o apoio do PS, mas rejeita imediatamente um cenário em que o PS de Manuel Pizarro ganhasse e o convidasse para integrar o executivo como vereador: “Seguramente que não”.

Sobre rutura com o PS. “Foi o PS que entendeu não apoiar esta candidatura”

Quanto ao eurodeputado socialista Manuel dos Santos — que escreveu num artigo alegando que existiria um golpe combinado para Manuel Pizarro subir a Presidente, com uma eventual saída de Rui Moreira para o Governo ou para Bruxelas — Rui Moreira afirma que esperava uma posição mais firme do PS. Queria ter visto o PS a desmentir essas declarações, mas nem António Costa, nem Ana Catarina Mendes, nas entrevistas que deu ao Expresso e ao Observador, o fizeram.

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