A Coreia do Norte ameaçou, este domingo, avançar com um “mar de fogo” caso se apliquem as novas sanções aprovadas, por unanimidade, no sábado, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“No dia em que os Estados Unidos se atreverem a provocar a nossa nação com armas nucleares ou com sanções, o território norte-americano será submerso num inimaginável mar de fogo”. A mensagem é do regime de Pyongyang e foi publicada no editorial do diário oficial norte-coreano Rodong Sinmun, onde acusa ainda os Estados Unidos e os aliados de manterem uma política “hostil” em relação à Coreia do Norte.
“O empenho de Trump em continuar este atoleiro só motivará mais o nosso exército, e dará mais razões à República Popular Democrática da Coreia para possuir armas nucleares”, lê-se ainda no artigo, em que se lembra que o país já atravessou “um conflito bélico horrendo”.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, por unanimidade, um pacote de novas sanções contra a Coreia Do Norte com o objetivo de cortar em um terço as receitas com as exportações daquele país. O objetivo é castigar o regime de Pyongyang pelos testes com mísseis que realizados entre 4 e 28 de julho.
O pacote de sanções votado foi uma iniciativa dos Estados Unidos, que contou com o apoiou, desde logo, dos aliados europeus, do Japão e da Coreia do Sul. E o objetivo é privar a Coreia do Norte de cerca de mil milhões de dólares anuais (cerca de 845 milhões de euros) em receitas geradas com a exportação de carvão, peixe e marisco. Do pacote de sanções faz ainda parte a proibição de Pyongyang enviar trabalhadores para o estrangeiro.
Os votos contra da China e da Rússia poderiam ter travado o projeto, mas os Estados Unidos conseguiram convencer estes países a votar também a favor das sanções.