O presidente dos Estados Unidos continua de férias e a ameaçar o líder norte-coreano — diretamente do campo de golfe em Bedminster, Nova Jérsia — com problemas “como poucas nações tiveram”. Enquanto isso, a Coreia do Norte já meteu mãos à obra: depois de ter informado na quarta-feira que espera completar o plano do ataque à ilha de Guam a “meio de agosto” para depois, avançar, Kim Jong-un divulgou esta quinta-feira os detalhes do plano.
Assim que estiver pronto e a ordem do líder chegar, quatro Hwasong-12 serão lançados, disse a agência de notícias estatal KCNA. Também conhecidos por KN-17, estes mísseis de médio alcance foram desenvolvidos pela Coreia do Norte e apresentados durante o desfile militar de 14 de abril de 2017 — o feriado nacional em que se celebra o aniversário de Kim Il-Sung, o líder fundador do país.
Depois de “meio de agosto”, os quatro mísseis serão lançados, passando por cima do Japão. Os Hwasong-12 irão percorrer cerca de 3,4 mil quilómetros no ar até caírem no mar a uma distância de 30 a 40 quilómetros da ilha de Guam.
Guam, a paradisíaca ilha norte-americana que a Coreia do Norte quer bombardear
As provocações mais recentes entre a Kim Jong-un e Donald Trump começaram com a publicação de um relatório no jornal The Washington Post que revelou que a Coreia do Norte teria conseguido diminuir a dimensão de uma bomba nuclear de forma a conseguir incorporá-la num dos seus mísseis intercontinentais.
O presidente norte-americano, mesmo de férias, respondeu: “fogo e fúria como o mundo nunca viu”, se o país voltasse a provocar os Estados Unidos. Mas voltou. Kim Jong-un ameaçou Trump com o ataque à ilha de Guam que, ao que parece, poderá estar a semanas de acontecer.