Há pouco mais de uma semana, uma ciclista decidiu mostrar o “dedo do meio” a Donald Trump, na Virgínia, quando este abandonava um dos seus campos de golfe. Agora, essa mesma ciclista foi despedida.

A fotografia de Juli Briskman, capturada pelo fotógrafo que viajava com o Presidente dos Estados Unidos da América, tornou-se viral nos meios de comunicação social e nas redes sociais. A protagonista da situação caricata contou ao Huffington Post que “ele [Donald Trump] estava a passar por mim e o meu sangue começou a ferver”. “Estou com raiva e estou frustrada”, acrescentou, tendo sido esta a motivação para o ato que cometeu.

Ciclista mostra o dedo do meio a Donald Trump

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Muitos foram os que viram a situação como um ato heróico, contudo, a empresa Akima para a qual trabalhava há seis meses, na equipa de marketing, não viu o acontecimento dessa forma. Foi Juli Briskman quem decidiu avisar os chefes sobre o sucedido, uma vez que, para além de a fotografia estar ao alcance de qualquer um, ainda a utilizou como imagem de perfil no Twitter e Facebook. Por esta razão, Briskman foi despedida, porque, segundo o que lhe disseram, “violou a política de redes sociais da empresa”, o que podia “manchar a reputação” da mesma, sendo uma empresa contratada pelo governo.

A cidadã tentou defender-se, alegando que nas suas redes sociais não tinha qualquer referência sobre a empresa para a qual trabalhava, acrescentando que um outro funcionário escreveu uma vez um insulto sobre alguém no Facebook mas que tinha sido autorizado a manter o emprego depois de excluir essa informação e de ter sido repreendido.

Juli Briskman contou que planeia agora procurar um novo emprego num grupo de advocacia no qual acredita, como é o caso da Planned Parenthood ou a People for the Ethical Treatment of Animals. Depois das notícias que surgiram sobre o seu despedimento, muitos utilizadores das redes sociais questionaram por que razão estava Juli a ser penalizada, quando apenas utilizou a liberdade de expressão, que está descrita na constituição dos EUA.

A empresa não emitiu, até ao momento, qualquer comunicado sobre o sucedido e, na segunda-feira, o site da empresa não esteve a funcionar. Entretanto, e de acordo com o The Guardian, alguém iniciou um crowdfunding para apoiar a cidadã da Virgínia. Juli Briskman disse que não se arrepende da atenção que está a ter e que está feliz por ser uma imagem de protesto.

De certa forma, estou melhor do que nunca. Estou com raiva de onde nosso país está agora. Estou consternada. Esta foi uma oportunidade para eu dizer algo “, afirmou.