Os portugueses consumiram 33.596 toneladas de bacalhau até outubro, menos 3,4% do que em 2016, mas prevê-se que em dezembro sejam consumidos um milhão de quilogramas, segundo os dados fornecidos pelo Conselho Norueguês das Pescas (Norges). Nos primeiros dez meses do ano, foram gastos 271,18 milhões de euros em bacalhau, o que representa uma subida de 1%, face a igual período do ano anterior.
O preço médio por quilo fixou-se em 8,07 euros, mais 4,6% do que em 2016. Já a despesa média por compra passou de 22,5 euros em 2016 para 23,6 euros este ano. A Noruega, principal fornecedor de bacalhau a Portugal, exportou até novembro 41.706 toneladas, entre bacalhau fresco, salgado verde e salgado seco, o que se traduz numa descida de 8% em comparação com o ano anterior. Em 2016, a Associação dos Industriais de Bacalhau (AIB) registou um volume global de negócios na ordem dos 400 milhões de euros.
Este ano e, apesar de não apontar valores, a AIB admite que se possam verificar diminuições nas vendas de bacalhau, em valor e volume, que poderão ser compensadas pelo aumento das vendas de bacalhau demolhado ultracongelado. De acordo com o secretário-geral da AIB, Paulo Mónica, as vendas de bacalhau, no quarto trimestre, “representam historicamente cerca de um terço das vendas anuais”, um “cenário que se deve manter este ano”.
Por sua vez, as exportações anuais, que se fixaram em cerca de 100 milhões de euros em 2016 (25% do volume global de negócios), devem manter-se este ano, segundo Paulo Mónica, que não adiantou valores.