Diana Quer, então com 18 anos, desapareceu da localidade de A Pobra do Caramiñal, na Corunha, Galiza, onde estava de férias com a mãe e a irmã, na madrugada do passado dia 22 de agosto de 2016.
Apesar de inicialmente as autoridades locais terem descartado a hipótese de rapto — em que a família sempre insistiu — e de terem preferido acreditar na tese de que a jovem teria fugido, acabaram por colocar a hipótese de crime e por fazerem dezenas de interrogatórios.
Recorda a edição desta sexta-feira do El País, nessa altura as investigações da Guardia Civil incidiram essencialmente sobre indivíduos com antecedentes de tráfico de droga na região. Um deles, considerado um dos principais suspeitos do rapto de Diana, foi agora detido por tentativa de roubo e rapto de uma outra rapariga em Boiro, município a escassos 14 km de A Pobra do Caramiñal.
Tudo terá acontecido na passada segunda-feira à noite, com a cumplicidade da companheira do homem, que não é identificado pelo jornal espanhol. Primeiro ameaçaram a jovem com uma faca e exigiram-lhe o telemóvel, depois mandaram-na entrar no porta-bagagens do próprio carro. Um casal que ia a passar ouviu os gritos de socorro da vítima e impediu o crime.
Investigadores da UCO, a unidade especial da polícia judiciária da Guardia Civil que investigou o caso, arquivado em abril por falta de provas, já foram enviados de Madrid para a Galiza. Em julho deste ano, três meses depois do arquivamento do caso, também foram feitas novas diligências: as autoridades conseguiram desbloquear o telemóvel de Diana Quer, que terá sido atirado de uma ponte na noite do seu desaparecimento, e foi entretanto encontrado por um mariscador na ria de Arosa, que banha a região.
A informação a que acederam não deu origem a novas pistas.