Quarenta e quatro pessoas foram dadas esta quarta-feira como desaparecidas na sequência do desabamento de uma torre de 24 andares no centro da cidade de São Paulo na madrugada de terça-feira, anunciaram as autoridades.

Desconhece-se, todavia, se os 44 desaparecidos citadas pelo Corpo de Bombeiros estavam na torre no momento da tragédia. “Atualizando informações da ocorrência do Largo do Paissandu. O Corpo de Bombeiros continua com as buscas, sendo que no momento estão empenhados 31 viaturas, 78 bombeiros, 44 desaparecidos”, informou o Corpo de Bombeiros na rede social Twitter.

Na passada terça-feira apenas três pessoas estavam dadas como desaparecidas, incluindo um homem prestes a ser resgatado no momento em que a torre desmoronou depois do incêndio se declarar. O incêndio no prédio, que causou o desabamento, pode ter sido desencadeado por um acidente doméstico de acordo com a imprensa local.

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O prédio, uma antiga sede da Polícia Federal brasileira, estava ocupado por 146 famílias que viviam no local em péssimo estado de conservação, desafiando todas as regras de segurança.

O Presidente do Brasil, Michel Temer, visitou o local na terça-feira, mas foi mal recebido por uma multidão que gritava: “Queremos moradia!” Os guarda-costas do Presidente tiveram que retirá-lo rapidamente da área do acidente devido à hostilidade evidenciada.

São Paulo, com 12 milhões de habitantes, é a cidade mais populosa da América Latina e sofre com desigualdades significativas, as quais levam muitas famílias pobres a ocupar prédios abandonados no coração da metrópole, onde áreas inteiras foram abandonadas pelos proprietários.

São Paulo. Prédio em chamas desaba e faz pelo menos um morto