“Venho por este meio comunicar que o projeto gastronómico no Café Garrett irá terminar no próximo dia 27 [de maio]” — é assim que começa o comunicado enviado pelo chef Leopoldo Garcia Calhau onde anuncia o fim da sua colaboração com restaurante onde passou os últimos dois anos.

O espaço que habitava no foyer do Teatro Nacional D. Maria II e que se debruçava numa visão mais contemporânea da comida tradicional portuguesa (com destaque para o receituário alentejano) cedo se afirmou no panorama lisboeta de bistrots criativos.

Ao Observador o chef explica que este desfecho “já esteve para acontecer”, mas só esta segunda-feira, 21 de maio, é que ficou ditada a sentença. “O espaço não mexe como eu queria”, explica o cozinheiro, que já tinha liderado o restaurante Sociedade, na Parede (parte integrante da SMUP, Sociedade Musical União Paredense). “Quero voltar a ter um restaurante com quatro paredes” afirmou ainda. Ao que tudo indica, os novos inquilinos do Café Garrett (o nome irá manter-se) estarão mais virados para a comida vegan.

Sobre o futuro, o chef afirma já estar a estudar várias opções para poder continuar a servir a sua comida, mas que ainda não há nada em concreto. Ressalva que num possível novo restaurante pretende dedicar-se exclusivamente à parte gastronómica e vinhos, não tendo de lidar, como fazia até agora, com outros pormenores como a gestão de staff e reservas — trabalhos que, explica, não o permitiam focar-se “exclusivamente na comida”.

O chef abandona o Café Garrett já no dia 27 de maio, mas até lá serão servidas ementas especiais, os “menus de despedida”. Estes conjuntos de 3, 5 ou 7 pratos (22,50€; 35€ e 47,50€, respetivamente) vão ser uma espécie de resumo de todo o trabalho que foi feito até agora — e terão um preço mais reduzido do que o habitual.

[Este artigo foi atualizado às 20h45]

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