Histórico de atualizações
  • Acabou o segundo dia do congresso do PS. O nosso liveblog termina aqui, mas a cobertura continua no Observador. Até já.

  • Ana Gomes assumiu o "erro" do PS. E recebeu aplausos.

    Ana Gomes era a voz esperada contra a corrupção. Tinha-se proposto entrar no Congresso da Batalha para atacar aqueles que tomaram o partido e usaram o poder em proveito próprio. E foi pelo tom psicanalista que seguiu:

    Errámos ao baixar exigências éticas, errámos deixando que o pântano rejeitado por Antonio Guterres em 2002 atolasse o país na captura do Estado por indivíduos que se sentiram donos de tudo isto”.

    A eurodeputada não chegou a dizer nomes. Nem precisou de fazê-lo. A sala aplaudiu. “Camaradas, o futuro não começa do zero e, por isso, não vale a pena varrer para debaixo do tapete o que do passado nos pode enraivecer e envergonhar”, disse a eurodeputada. Porque “a credibilidade do PS, partido de gente séria e trabalhadora, só se reforça quando se assume erros”.

    “Contra corrupção, contra a impunidade”, defendeu Ana Gomes, “exige-se ação”.

    Ana Gomes no Carpool: “É preciso partir a loiça”

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Álvaro Beleza. "O partido de Arnaut não recebe lições de ética republicana, e o partido Mário Soares não recebe lições de transparência"

    Álvaro Beleza, em tempos segurista, começa a sua intervenção lembrando a homenagem ontem feita aos históricos socialistas já falecidos, António Arnaut e Mário Soares. E lembrando que até António Costa se emocionou. “Para quem pensava que não se emocionava, vimos aqui ontem o nosso líder emocionar-se”, disse, afirmando que “o partido de Arnaut e Salgado Zenha não recebe lições de ética republicana de ninguém. E que o partido de Mário Soares não recebe lições de transparência”.

    “O PS é um grande partido. É como o slogan da Eurovisão, “all aboard”, cabemos todos”, disse, lembrando que Francisco Assis e Pedro Nuno Santos podem ter subido ao palco para defender teses diferentes, mas todos estão no mesmo partido: “Estamos todos no socialismo democrático, e todos queremos um futuro melhor para Portugal”.

    Numa evocação a um telefonema que António Arnaut lhe fez na sexta-feira antes de morrer, Álvaro Beleza terminou dizendo que é dever de todos os socialistas defender o SNS e “não calar a voz”. “Temos de merecer ser António Arnaut e nunca nos calarmos a defender o SNS. Não estamos às ordens das corporações e dos interesses, estamos às ordens dos portugueses”, afirmou.

  • Paulo Cafôfo assume objetivo de ganhar regionais na Madeira

    “Serei o candidato do PS à presidência do governo regional da Madeira em 2019. É hora de um novo rumo, de um novo modelo de desenvolvimento, de um novo paradigma político, de uma maneira de estar e governar. Ter um governo aberto a todos, que governe para todos. vamos ganhar 2019, porque ao ganharmos ganham todos os madeirenses”, diz o madeirense Paulo Cafôfo em cima do palco do congresso.

    A ambição de Cafôfo, que é também presidente da câmara do Funchal, é máxima: “António Costa, quero que fiques na história como o primeiro líder do PS que viu o PS a vencer pela primeira vez as regionais na Madeira”, disse.

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  • Costa "anestesiou" o PCP e o Bloco. E Assis elogiou-o.

    Francisco Assis não gostava da “geringonça” como solução de Governo. E, dois anos e meio depois, continua a não gostar. Francisco Assis quis confiar em António Costa. E, a um ano e meio das legislativas, não está desiludido. “És um bom primeiro-ministro no contexto da geringonça, imagina o primeiro-ministro que podes ser sem esta limitação”, disse, arrancando um riso a Costa já a fechar a sua intervenção.

    A intervenção de Assis era das mais esperadas, desde logo porque o eurodeputado foi desde o início uma das vozes mais críticas da geringonça. Começou por pedir a Carlos César um desconto nos três minutos que lhe estavam reservados — queria dizer-se “totalmente a favor” da descriminalização da eutanásia e homenagear António Arnaut.

    Por muito significativas que sejam as divergências que nos afastam uns dos outros e que são próprias de um grande partido democrático, a circunstância de todos nos reconhecermos numa personalidade” como o histórico do PS “é incomensuravelmente mais do que aquilo que nos afasta”, disse ao Congresso.

    Soava a discurso pacifista. O eurodeputado nunca escondeu que não se revia na solução que António Costa encontrou para devolver o Governo do país ao PS. “Foi em nome da minha conceção do PS que fui contra a solução, não mudei de opinião”, assegurou.

    Mas também reconheceu que nem tudo foi tão negro como antevia no pós-legislativas de 2015. “Algumas das minhas expectativas mais negativas não se concretizaram e isso deve-se à capacidade de liderança do primeiro-ministro de Portugal”, assinalou, num dos vários elogios a António Costa. O primeiro-ministro é, aliás, a explicação de Assis para que o modelo apoiado no Bloco e no PCP tenha funcionado. “Anestesiaste muito o PCP e o Bloco e isso foi muito bom para Portugal.” A sala reagiu com um riso coletivo.

    Mas a intervenção nao foi só passado. Para o ano há legislativas. “O PS deve aspirar a ganhar, seja com maioria absoluta seja com maioria relativa”, defende Assis. Seja qual for o resultado, diz, o PS deve governar “sozinho”, mas Assis também não rejeita que, pontualmente, Costa possa ter “disponibilidade para falar à sua esquerda e à sua direita”.

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  • Fernando Medina: "Somos um partido de Governo, não da proclamação retórica e vazia"

    Fernando Medina fala agora no Congresso. É outro dos nomes que se está a posicionar para a primeira linha do PS no pós-Costa.

    O presidente da câmara de Lisboa vai logo direto ao desafio da questão ideológica que se coloca ao PS do futuro, defendendo que o PS, enquanto partido de Governo que é, não pode cingir-se ao “ideário”, evidenciando aqui um duelo de visões entre a visão de Medina e a de Pedro Nuno Santos, que até citou Karl Marx.

    “Há duas coisas fundamentais: o ideário e a ação. Porque ideário sem ação é um vazio. A questão que se coloca é saber como é que transformamos os ideais de liberdade, de desenvolvimento e de justiça, como é que os concretizamos nos dias de hoje com realismo? Somos um partido de Governo, não da proclamação retórica e vazia. Somos um partido que tem de saber onde se mexe, em que contexto atua, que alianças deve fazer“, diz.

    Sem entusiasmar as bases, Fernando Medina limitou-se de resto a citar os desafios da moção de António Costa. E sem pedir maioria absoluta para as próximas eleições, Medina limitou-se de resto a citar os desafios da moção de António Costa. E sem pedir maioria absoluta para as próximas eleições, Medina afirmou que espera que o PS “saia deste congresso energia reforçada” para o PS conseguir ser “a grande força de transformação do país”.

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  • Manuel Alegre: "Uma viragem à direita significaria um risco de morte para o PS"

    Manuel Alegre subiu ao palco com um congresso de pé, à sua frente, para aplaudi-lo. O histórico do PS agradeceu de punho esquerdo erguido, antes de avançar para uma intervenção que trazia escrita e que vinha carregada de uma forte mensagem:

    Uma viragem à direita significaria um risco de morte para o PS.”

    Foi essa a discussão que figuras de destaque quiseram levar ao encontro da Batalha e Alegre não fugiu à tarefa de defender onde o PS deve estar. A geringonça, diz, significou uma “revolução democrática dentro da democracia”. E o secretário-geral socialista não pode virar as costas àquilo que foi inaugurado há dois anos, com o acordo parlamentar com o Bloco e o PCP.

    “A terceira via”, diz Alegre, em resposta a Augusto Santos Silva, “foi um desastre para o socialismo e para a democracia”. E tornou.se um “exemplo” numa Europa em que os principais partidos socialistas — em França, Espanha ou Itália — estão a definhar.

    O PS não pode”, por isso, “inverter o caminho atual” porque “uma viragem à direita significaria um risco de morte para o PS” e porque “o Bloco central empobrece a democracia”.

    “Nunca vi a direita tão interessado numa maioria absoluta do PS”, assinala o histórico do PS. Ainda assim, “o PS não deve ter medo de pedir” essa maioria absoluta”, defendeu Manuel Alegre, depois de deixar uma resposta a Cavaco Silva: “Como cidadão, quero declarar que estou com aqueles que, na próxima semana, vão votar na Assembleia da República a favor da descriminalização da eutanásia”.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • António Costa saiu do palco do congresso e conversa há longos minutos, num dos cantos da sala, com José António Vieira da Silva, ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social.

  • Presidente dos Açores: "É legítimo, possível e desejável" pedir "maioria absoluta" em 2019

    Vasco Cordeiro fez aquilo que António Costa evitou fazer até agora. Com um legado de seis vitórias seguidas nas eleições regionais dos Açores, e com cinco maiorias absolutas consecutivas alcançadas na região autónoma, o presidente do Governo regional pediu mais votos para o PS:

    Parece-me legítimo, possível e desejável o PS pedir aos portugueses um reforço da confiança que se traduza numa maioria absoluta nas próximas eleições legislativas”, disse aos congressistas.

    “O compromisso do PS com o país e com os portugueses não deve estar subordinado aos interesses de outros partidos, sejam eles quais forem”, defende ainda o presidente do Governo regional.

    Mas é cedo, considera também Vasco Cordeiro, discutir agora, a um ano e meio das próximas legislativas, se o PS deve continuar ligado à esquerda para conduzir a sua ação política ou virar à direita para eventuais apoios parlamentares. “Parece-me esse ser hoje um debate prematuro, apressado e precipitado”, defende o presidente do Governo regional dos Açores. A “prioridade”, neste momento, deve ser “governar bem, com resultados”.

  • Pedro Nuno Santos vira o congresso à esquerda: "Isto não é populismo, isto não é radicalismo, isto é ser socialista "

    Era um dos discursos mais aguardados do Congresso do PS e terminou com uma ovação de pé. Pedro Nuno Santos chegou à Batalha para explicar aos militantes que ser socialista é ser de esquerda, é defender o sistema público de pensões, é defender a participação do Estado na economia e os trabalhadores. “Isto não é populismo, isto não é radicalismo, isto é ser socialista!”, afirmou o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.

    Para Pedro Nuno Santos, o PS nunca será bem-sucedido se não souber o que é, quem representa e que papel atribui ao Estado. O socialista não resistiu em recuperar uma frase celebrizada por Karl Marx para explicar exatamente o que pensa. Num Estado democrático, evoluído e saudável, notou Pedro Nuno Santos, deve ser norteado por princípio fundamental: “De cada um, segundo sua capacidade; a cada um, segundo suas necessidades“.

    Numa reunião magna em que António Arnaut tem sido, naturalmente, um dos mais evocados, Pedro Nuno Santos lembrou que a criação do Serviço Nacional de Saúde foi garantida “contra PSD e CDS” e com o contributo “dos partidos à esquerda”. “Que ninguém se engane”, insistiu.

    À medida que ia discorrendo sobre o que significa ser socialista e ser do PS, Pedro Nuno Santos ia deixando alguns avisos. “Se o PS não quiser ter um destino semelhante ao dos seus congéneres europeus, não se pode esquecer nunca de quem esteve na origem da criação destes partidos”. Quem? Os trabalhadores e os menos favorecidos, respondeu o socialista. “O PS só pode continuar, só merece continuar, se não deixar de falar para este povo”, argumentou.

    O homem que garante a articulação da “geringonça” no Parlamento voltou-se depois para aquele que deve ser o papel do Estado, voltando a falar para dentro do partido. “A direita ganhou quando conseguiu colonizar cá dentro uma determinada ideia do Estado como um Estado mau, um empecilho”. O Estado, diz Pedro Nuno, “é um instrumento de desenvolvimento económico” e um “garante da liberdade”, na medida em que é um garante da “proteção laboral” e da “legislação laboral”, o único meio de assegurar a liberdade do trabalhador “em relação ao seu patrão”. E esse princípio, insistiu o socialista, só concretiza à esquerda. “Não contamos com o PSD e o CDS para proteger os trabalhadores.

    O mesmo para a Segurança Social. Só o PS (um PS que se afirme à esquerda) pode garantir que um sistema de reformas que “não dependa da caridade de terceiros ou da estabilidade dos mercados financeiros [e] não é com o PSD e o CDS que vamos proteger o sistema público de pensões”, reforçou Pedro Nuno Santos, antes de rematar finalmente: “Isto não é populismo, isto não é radicalismo, isto é ser socialista!

  • Ferro Rodrigues. "Não aceitamos que inquéritos judiciais sirvam lógicas abusivas de associação. Isso só em regimes totalitários"

    Eduardo Ferro Rodrigues é um dos convidados do congresso do PS. O também presidente da Assembleia da República começa por dizer que é com “emoção” que se dirige ao congresso socialista da Batalha, numa altura em que “tantas batalhas políticas se avizinham”. E passa logo para uma referência ao caso José Sócrates, defendendo-o, sem referir o nome:

    “Não permitiremos que nos apaguem da memória. Não aceitamos que inquéritos judiciais sirvam para lógicas abusivas de associação. Isso é próprio de regimes totalitários”, diz.

    E continua, dizendo que “a política de combate à corrupção está no ADN do PS e de António Costa”. “Temos um património nesse domínio traduzido em leis, o PS não deixará uma vez mais de liderar este debate. Somos hoje orgulhosamente dos poucos parlamentos da UE onde não há lugar a representação do ódio e da xenofobia”, diz.

    Sobre a geringonça, Ferro afirma que “primeiro estranhou-se depois entranhou-se”, mas que essa discussão da esquerda e do centro não interessa. “Não me interessa muito saber se isso se deveu a viragens à esquerda ou à direita do PS, essa geometria política não diz nada aos portugueses, o que interessa é que o PS é fiel à sua matriz europeia, prometeu e cumpriu repondo rendimentos e direitos no quadro da zona euro”, disse, repetindo a máxima de Costa: “Estamos onde sempre estivemos, e onde está a esmagadora maioria dos portugueses, na defesa dos direitos”.

    Ou seja, “não se trata de suscitar eventuais terceiras vias, trata-se de dar força à social-democracia”, resume.

    JOÃO PORFIRIO/OBSERVADOR

  • José Luís Carneiro: "António Costa cumpriu"

    José Luís Carneiro, atual secretário de Estado das Comunidades, apoiante de António José Seguro nas primárias do PS e descrente na “geringonça” aquando a sua formação, subiu ao palco do Congresso para elogiar o papel de António Costa nestes últimos anos de governação. “António Costa cumpriu. A coligação parlamentar manteve a identidade dos partidos e não impediu o acordo firmado com o PSD”, sublinhou o governante.

  • Mário Centeno volta a aparecer no Congresso — mas apenas em vídeo. Sob o lema “prometemos, cumprimos”, ouve-se o ministro das Finanças a enaltecer a redução do défice.

  • PS não deve "jogar à macaca" e excluir partidos do diálogo, defende Miguel Alves

    O presidente da Câmara Municipal de Caminha lembrou aos socialistas que “o PS não ganhou as eleições há dois anos e meio”. O objetivo imediato, diz Miguel Alves, deve por isso ser “ganhar, e ganhar por muitos” votos as legislativas de 2019.

    O debate sobre o que foi feito nos últimos dois anos pelo Governo de António Costa “esbarrou” no confronto ideológico que figuras de proa do PS lançaram no espaço público em cima da data do Congresso. Miguel Alves avança imediatamente para o final desse debate: “A minha conclusão é que sempre fomos e estamos no PS e na esquerda, não tanto à esquerda que é um posicionamento relativo, mas na esquerda.”

    Mas isso não significa que o partido se deva barricar na atual solução de Governo, apoiada nos partidos mais à esquerda. “Somos o único partido em Portugal com quem todos os partidos podem dialogar e concretizar”, lembra, sublinhando que essa “posição privilegiada” que alarga as soluções aos socialistas.

    Ainda assim, o Congresso da Batalha “não deve servir para jogar à macaca”. Porque “o PS nunca foi e não é partido de casinhas e quando colocamos muitos riscos no chão ou pisamos os riscos ou ficamos fora de jogo”.

    É daí que Miguel Alves parte para a mensagem de alerta: “Não parece, mas o PS não ganhou as eleições há dois anos e meio. Estamos no governo mas não ganhamos as eleições.” Os socialistas devem, por isso, defende o autarca, aproveitar a “diversidade e riqueza à esquerda mas com capacidade de dialogar e interagir no espectro político e encontrar soluções concretas no país”. Mesmo que à direita.

  • Augusto Santos Silva. "Não combato nenhum socialista, de nenhuma tendência ou opinião"

    Fala agora o dirigente socialista e ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

    Começa por dizer que o debate no PS faz-se com “todos os desafios que temos pela frente, atualizando constantemente o nosso programa e as nossas propostas”. Mas depois concretiza, dizendo que a única via para vencer esses desafios, que vão da demografia às alterações climáticas, passando pela economia digital, é através do socialismo democrático e do quadro da União Europeia.

    “É no quadro do socialismo democrático que temos de ir buscar as melhores respostas, e no espaço da UE”, disse.

    Para Santos Silva, o debate aceso que se vive no seio do PS não é problemático. “Quanto mais vivo for o nosso debate interno em torno destas questões mais fortes serão as nossas propostas e mais eficaz a nossa ação. Mas o debate não chega se não for acompanhado pelo combate”, resumiu.

    No final da sua curta intervenção em cima do palco do congresso, não deixaria de dar resposta a Pedro Nuno Santos (que se encontra na ala oposta à sua no debate ideológico do PS), dizendo que uns não devem estar contra os outros. “Não combato nenhum socialista, de nenhuma tendência ou opinião. Combato a direita, cujo ideário continua a ser desproteger as pessoas, repor descriminações. Combato também todas as tentativas de retirar autonomia ao PS, de negar a natureza de espaço central, de diminuir a capacidade de afirmar-se como progressista e europeísta”, disse. Enquanto Santos Silva é a favor do posicionamento do PS ao centro-esquerda, Pedro Nuno Santos é o rosto da ala esquerda socialista.

    “O debate faz-se com todos os socialistas, sem exceção. Para vencer estes desafios temos que ter sempre presente que é no quadro da UE que as respostas mais bem podem vingar.”

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  • O Congresso volta dentro de momentos

    Carlos César interrompe os trabalhos para os congressistas poderem almoçar. As intervenções são retomadas às 14h30 e um dos primeiros oradores será Augusto Santos Silva — isto, se estiver na sala quando o seu nome for mencionado. É que o presidente do PS voltou a lembrar que quem não responder à chamada perde a oportunidade de falar ao partido.

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  • Elza Pais lembra PS que tem de pôr mais mulheres em lugares de lideranças

    É agora a vez de a deputada Elza Pais intervir, falando logo no tema das novas regras da paridade, cuja proposta do Governo foi aprovada na generalidade na Assembleia da República, estando ainda em discussão em sede de especialidade. “Não podemos deixar de saudar Maria Manuel Leitão Marques pela nova lei que define alternância entre homens e mulheres nos primeiros dois lugares das listas e pelo aumento das quotas de paridade para 40%”, diz.

    Mas depois deixa um recado ao PS, que ainda está longe de cumprir a paridade. “É preciso corrigir os desequilíbrios de género que ainda há no PS: há apenas 39 mulheres na presidência das 311 concelhias do PS, há apenas uma mulher na liderança das 19 federações do PS, e nas 150 câmaras conquistadas pelo PS apenas 19 presidentes de câmara são mulheres”.

    “Se há avanços que foram feitos, há conquistas que ainda temos de fazer. Contamos consigo António Costa para continuar a fazer o que ainda não foi feito”, termina.

  • Zorrinho: geringonça acabou com “a asfixia democrática que ameaçava o projeto europeu”

    Carlos Zorrinho diz que a geringonça acabou com a “asfixia democrática que ameaçava o projeto europeu”. Para o presidente da delegação socialista ao Parlamento Europeu, a equação parlamentar que soma o Bloco e o PCP ao PS fez com que “o pensamento único” tivesse sido “abalado na Europa”.

    Graças a essa fórmula de Governo, insiste, a mensagem de que não havia alternativa à austeridade “deixou de castrar os povos e voltou a ser possível com orgulho ser progressista e ser europeu”.

    Eurodeputado, Zorrinho não fugiu às “batalhas” que a Europa enfrenta. “A União Europeia tem agora novos desafios”, que passam pela resposta à necessidade de reforçar a Defesa comum, à integração dos refugiados, às alterações climáticas, ao ordenamento do território, ao acesso aos serviços. “Nada disto se consegue sem uma Europa coesa e unida”, sublinha.

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  • Assis chega ao congresso a pedir o fim da geringonça na próxima legislatura

    Francisco Assis já chegou ao congresso e entrou a defender, em declarações aos jornalistas à porta do Exposalão da Batalha, o regresso do partido “à centralidade” e que, no futuro, o PS não fique condicionado por “acordos permanentes” para conseguir governar.

    O socialista é um crítico da “geringonça” desde o início e aparece neste congresso, que entende ser “mais voltado para a legislatura seguinte” a pedir que o PS abandone essa solução. A prioridade, para Assis, é que o partido vença as eleições: “O PS deve ter uma ambição clara de voltar a ser o maior partido no Parlamento, seja com maioria absoluta — que é muito difícil — ou maioria relativa. E a partir daí negociar à sua esquerda e à sua direita. Há matérias mais fáceis de negociar à esquerda e outra mais fáceis de negociar à direita”.

    A maioria absoluta é de concretização difícil, o PS só uma vez teve maioria absoluta, mas devemos ganhar as eleições de maneira clara e se ganharmos isso altera radicalmente a solução política a e parlamentar e recuperaremos rapidamente a centralidade na vida política nacional”

    Aliás, Assis acredita que “o discurso de António Costa vai muito nesse sentido”. Questionado pelos jornalistas se prefere que os entendimentos se façam, mais à direita, o socialista disse apenas que “a realidade se encarregará de demonstrar com quem é mais fácil fazer entendimentos”. Assis foi também questionado sobre a sua posição na legalização da eutanásia: “Sou completamente a favor por razões filosóficas”.

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  • Pedro Delgado Alves. "O PS não está adormecido, está a debater e a preparar o futuro"

    Fala agora o deputado Pedro Delgado Alves.

    “O PS não é um partido que está adormecido, este partido está a debater, está a discutir e encara o futuro, por isso podemos olhar com toda a confiança para o futuro olhando para as prioridades da moção de António Costa”, disse, enaltecendo depois o resultado “histórico” do referendo que teve lugar ontem na Irlanda para a despenalização do aborto, tendo ganho o sim. “As vossas lágrimas de alegria resultam de uma convergência política, diálogo e convicção assente nos nossos valores. As vossas lágrimas são as mesmas lágrimas que nós vertemos há 11 anos”, afirmou.

    JOÃO PORFIRIO/OBSERVADOR

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