A ofensiva do regime nos setores rebeldes do sul da Síria provocou pelo menos 270 mil deslocados desde o seu início em 19 de junho, indicaram esta segunda-feira as Nações Unidas.

“Esperávamos cerca de 200 mil refugiados mais num tempo recorde já foram ultrapassados os 270 mil”, disse em Amã, capital da Jordânia, Mohammed Hawari, porta-voz do Alto-comissariado para os Refugiados (ACNUR).

As forças governamentais sírias e aliados continuavam a avançar contra as fações insurgentes que controlam zonas de Deraa, junto à fronteira com a Jordânia, país que mantém a fronteira fechada para os refugiados sírios.

O chefe da diplomacia jordana, Ayman Safadi, disse esta segunda-feira que o reforço da ajuda humanitária aos deslocados sírios no sul do país “depende da autorização das autoridades sírias”. No entanto, as autoridades jordanas permitiram a entrada de sírios feridos nos combates para receberem assistência médica. “Também instalámos um hospital de campanha perto da fronteira para tratar dos deslocados sírios”, indicou.

O primeiro-ministro jordano, Omar al Razaz, visitou no domingo a região e reiterou que não vai abrir a fronteira com a Síria por “razões de segurança”, por terem surgido informações sobre “homens armados entre os deslocados sírios”.

Atualmente, e de acordo com dados oficiais, a Jordânia acolhe 1,3 milhões de sírios, incluindo mais de 650 mil refugiados.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) indicou esta segunda-feira que pelo menos 132 civis foram mortos em Deraa, incluindo 25 menores e 23 mulheres, nos bombardeamentos e ataques de mísseis e artilharia efetuada por unidades russas e do regime sírio desde o início da ofensiva.

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