Os casos de aproveitamento fraudulento dos fundos para reconstrução de casas em Pedrógão Grande, noticiados esta quinta-feira pela revista Visão, foram enviados para o Ministério Público e o organismo já abriu um inquérito de investigação, noticiou o Público citando informação apurada junto da Procuradoria-Geral da República de Coimbra.

O envio da informação para o Ministério Público já tinha sido revelado pelo Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), esta quinta-feira. “Vamos encaminhá-las [as queixas] diretamente para o Ministério Público, como é óbvio”, confirmou à RTP fonte da CCDRC. Destino igual terão “todas as denúncias que nos chegarem”, acrescentou a mesma fonte, frisando que “as famílias podem fazê-lo diretamente mas podem fazê-lo através de nós”.

A revista Visão noticia esquemas para fintar os regulamentos, com alterações das moradas fiscais posteriores aos incêndios de 17 de junho de 2017, fizeram com que reconstruções de casas que não eram prioritárias fossem tratadas como tal. A CCDRC Centro admite que podem ter sido recuperadas habitações que nem tenham ardido. Cerca de meio milhão de euros poderá ter sido desviado.

Também citado pela RTP/Antena 1, o presidente da Junta de Freguesia de Vila Facaia, em Pedrógão Grande, confirmou que há casas que estão a ser recuperadas de forma ilegal. O autarca José Henriques confirmou que conhece várias situações de casas que não eram habitadas e que estão agora a ser recuperados com o dinheiro dos donativos.

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