Steve Bannon anunciou que está a planear construir uma fundação na Europa que, espera, alimente a disseminação do populismo de extrema-direita.
Segundo o que foi noticiado pelo The Guardian, o ex-conselheiro principal de Donald Trump na Casa Branca contou ao Daily Beast que queria oferecer uma alternativa de direita à George Soros Open Society Foundation, que desde 1984 já doou cerca de 32 mil milhões de dólares à causa liberal. “O Soros é brilhante. É diabólico, mas é brilhante”, afirmou Bannon.
A suposta fundação, segundo Bannon, chamar-se-ia The Movement (“O Movimento”) e ofereceria uma série de serviços , como aconselhamento de comunicação, canalização de dados e pesquisa aos vários partidos de direita europeus que têm vindo a ganhar destaque nos últimos tempos.
Bannon já se terá reunido com vários políticos de direita um pouco por todo o Velho Continente nos últimos 12 meses. Entre a lista de contactos que já fez encontra-se o nome de Nigel Farage, o ex-líder do Ukip e grande responsável pelo Brexit, assim como vários associados de Marine Le Pen, em França, e de Viktor Orbán, na Hungria.
Na mesma entrevista que deu ao Daily Beast revelou ainda que sonhava com um “supergrupo”, dentro do parlamento Europeu. Anunciou ainda que está a planear gastar metade do seu tempo na Europa, assim que terminem as eleições intercalares nos EUA, em novembro.
A sede deste The Movement será em Bruxelas, ao que tudo indica, e deverá contar com 10 funcionários a tempo inteiro, pelo menos durante os tempos que precederem as eleições de 2019. A longo prazo deverá crescer, se o seu sucesso assim o permitir. Não foi revelada qualquer informação sobre quanto dinheiro estaria envolvido neste projeto ou de onde é que esse dinheiro viria.
Depois de ser forçado a abandonar a Casa Branca, Bannon viu-se em dificuldades de reencontrar um novo papel para desempenhar. A campanha que organizou que tinha como objetivo substituir dezenas de republicanos no Senado por “sangue novo” caiu por terra em pouco tempo. Apesar disso, o norte-americano parece estar otimista em relação a este novo plano e o impacto que pode vir a ter na Europa.