O prédio em Alfama de Ricardo Robles e da irmã, esteve à venda na Internet com a descrição de que os “apartamentos estão prontos para serem utilizados em short term rental”, avança o jornal Público. No mesmo anúncio, que foi retirado da Web, é referida a “oportunidade única em área turística no coração de Lisboa”. O Observador teve acesso ao anúncio e mostra-lhe aqui a imagem onde, para além da fachada do edifício, é também possível vislumbrar o interior.

A polémica estalou esta sexta-feira, depois de o Jornal Económico noticiar que o bloquista acérrimo opositor da especulação imobiliária, tinha, em 2014, comprado com a irmã, um prédio em leilão à segurança social por 347 mil euros para, depois de remodelações, o ter colocado à venda por 5,7 milhões através de uma agência imobiliária. Segundo o anúncio, o prédio é composto por 11 apartamentos, sendo o maior de 41 metros quadrados e os restantes de 35, 33, 31, 30, 29, 28 e 25.

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Além dos apartamentos, o prédio tem também três lojas para a Rua do Terreiro do Trigo. Todas as frações para habitação têm “cozinha equipada, vidro duplos, ar condicionado e piso em madeira tábua corrida”. No total o edifício tem 728 metros quadrados, fazendo com que o preço pedido seja de cerca de 7830 euros por metros quadrado, um valor bastante superior ao preço médio por metro quadrado praticado em Lisboa. O político tem também um apartamento para arrendar por 1300 euros.

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Questionado pelo mesmo meio, Ricardo Robles afirmou que não tinha poder para que quem vendesse a habitação promovesse rendas de longa duração: “Os contratos de venda são tipificados. Assumem-se responsabilidades do ponto de vista legal e pronto. Julgo que não é possível condicionar uma venda para uma utilização futura.” A imobiliária responsável pela venda do imóvel é a Christie’s, escreve o Público, especializada na venda de edifícios de luxo. O autarca afirmou ainda esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que “quem definiu o valor da venda foi a própria agência imobiliária”.