O primeiro debate televisivo entre os candidatos à presidência do Sporting foi sendo “disputado” por mais do que um canal e acabou por cair para a CMTV, mas acabou por chegar a “meio gás”, com vários candidatos ausentes a explicarem em comunicado o porquê de não marcarem presença neste encontro inicial – ainda não são conhecidos os nomes finais aprovados pela Mesa (com auxílio da Comissão de Fiscalização e dos serviços do clube, nomeadamente os jurídicos) para o sufrágio.

“Estamos disponíveis para todos os debates necessários com os candidatos legitimados e formalmente admitidos, respeitando os prazos estipulados nos estatutos para a validação das candidaturas e início da campanha eleitoral. O respeito pelo nome do Sporting, pelos seus estatutos, pelos sócios, e pelo processo eleitoral em curso deve ser demonstrado exemplarmente por quem se candidata à sua presidência”, defendeu João Benedito na terça-feira. “Não nos parece leal aceitar um convite para um debate televisivo sem que todas as candidaturas tenham sido avaliadas e aprovadas, partindo desta forma em pé de igualdade, para uma discussão que se espera ser idónea e ilustrativa, do que todos os candidatos têm para oferecer ao Sporting. Depois de ser conhecida a decisão da Mesa, teremos todo o gosto em participar em iniciativas deste tipo”, disse esta tarde Fernando Tavares Pereira. “Neste momento as candidaturas aguardam validação da MAG. Grato pelo interesse que a comunicação social tem manifestado pelo nosso grande clube, entendo que não estão, hoje, reunidas as condições para um debate completo sobre o que cada candidatura quer para o Sporting. É meu desejo participar em todos os debates que venham a ocorrer com os candidatos”, anunciou também ao final da tarde Frederico Varandas. Ou seja, menos três candidatos. Ou quatro, porque também a lista de Bruno de Carvalho entregou formalmente as listas e aguarda a decisão (mais do que provável) que virá da Mesa.

Não estiveram metade dos candidatos, não foram debatidos quase metade dos temas (como a parte mais institucional, os planos para o desenvolvimento da marca ou as modalidades) e a conversa centrou-se sobretudo, e como é habitual neste contexto, em dois pratos fortes: futebol e finanças, com o desenho de um cenário caótico onde ficou exposta uma realidade que, a confirmar-se, coloca o Sporting numa situação complicada a breve e médio prazo. No entanto, cada um dos participantes (José Maria Ricciardi, Dias Ferreira, Pedro Madeira Rodrigues e Rui Jorge Rego) mostrou o tipo de eleitorado que parece ter mais na mira, bem como o adversário alvo no próximo mês de campanha, que promete ser agitada e com muitos assuntos paralelos.

José Maria Ricciardi. Dos 200 milhões de passivo aos 122 necessários em breve

O banqueiro, até por uma questão de personalidade, foi tentando controlar os holofotes do debate, mas não deixou de ser curioso a alusão inicial que fez a um adversário em específico: Frederico Varandas. “Queria dar um cumprimento aos meus concorrentes que estão aqui, lamentando que Frederico Varandas, João Benedito e Fernando Tavares Pereira não tenham vindo. Furtaram-se ao debate, fugiram com o rabo à seringa. E devo dizer ao senhor Varandas que isto não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona. O que fez foi uma fuga para não debater fragilidades. Mostrou que está a claudicar. Oxalá não chegue esvaziado ao fim apesar dos balões e da propaganda, porque parece não querer enfrentar opiniões diferentes”, atirou.

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Recusando a necessidade de uma segunda volta por considerar que, se quem for eleito conseguiu fazer um bom trabalho, “será capaz de captar os outros sócios que não votaram nessa lista”, Ricciardi reforçou também o que considera ser necessário em termos desportivos para a SAD. “Sou um especialistas financeiro e já disse que sem dinheiro não há futebol, embora não seja necessário gastar em demasia. Terei na minha equipa José Eduardo, que dispensa apresentações e que nunca aceitou ser dirigente até hoje. É necessário colocar o Sporting campeão de forma recorrente. Terei uma voz ativa e serei líder da SAD, até porque o futebol não é nenhuma ciência oculta”, disse, recordando a ida no autocarro da equipa na festa de 2002.

“Sem pachorra” para o passado, com uma surpresa no presente, crente num futuro melhor: a apresentação de Ricciardi

Se é verdade que o bate boca com Dias Ferreira sobre essa situação do peso junto do futebol nos últimos títulos foi mais branda, as coisas não foram tanto assim com Madeira Rodrigues, numa resposta contra os “pretensiosismos geracionais”. “É tão bom e levou uma sova do doutor Bruno de Carvalho”, chegou mesmo a dizer, pedindo mais à frente desculpas pela expressão. “Sempre ajudei o Sporting de forma desinteressada, sem receber um tostão e não levo lições de jovens, muito menos do doutor Madeira Rodrigues. É preciso conhecer bem os mercados internacionais e a atual situação financeira”, referiu, antes de, mais tarde, ter a declaração mais longa do debate e que escalpelizou uma realidade negra em Alvalade no plano económico-financeiro.

“As modalidades têm um custo de 23 milhões de euros, a SAD com o futebol tem de 100 milhões. Mesmo que perca votos, tenho a obrigação de dizer qual é o tal poço de petróleo que foi deixado… O Grupo Sporting, portanto tudo consolidado, tem uma situação líquida negativa de 138,7 milhões. Isto em junho de 2017, este ano ainda não está fechado e deve ter um prejuízo de 15 milhões. Ou seja, a situação líquida negativa passa para 153 milhões negativos. O passivo do Sporting é superior a 200 milhões não contando com as VMOC, que são mais 135 milhões. Mas agora vamos à situação mais grave: existe um défice de tesouraria mesmo com os jogadores que foram vendidos, sem contar com Rui Patrício, Gelson Martins, Podence e Rafael Leão. Os direitos televisivos da NOS, que eram 33 milhões de euros esta época e 35 milhões em 2019/20, ou seja 68 milhões, já só temos para receber oito milhões porque 60 foram antecipados. A somar a isto, no final do ano temos de pagar 32 milhões de euros aos bancos, porque havia no acordo de reestruturação uma cláusula que dizia que vendas superiores a oito milhões eram metade do Sporting e metade para os bancos e só uma vez foi respeitado, mais uma reserva que era feita para as VMOC. E ainda temos de juntar o empréstimo obrigacionista que se tem de fazer, de 30 milhões. São precisos 122 milhões pela frente…”, traçou.

“Não fazemos grupinhos, segmentos nem coisas de pastelaria”: José Maria Ricciardi oficializou lista às eleições

Depois de ter sido confrontado com uma escuta de uma conversa com Bruno de Carvalho que circulou há tempos onde defendia uma eventual perda da maioria do capital social da SAD, o antigo líder do BES Investimento e do Haitong Bank garantiu que, pelas novas regras da FIFA e por saber da vontade maioritária dos sócios, recusa esse cenário de perda do controlo da sociedade verde e branca e recusou como solução financeira o aumento do passivo. “Há uma coisa que toda a gente sabe: não se resolvem problemas de tesouraria a curto prazo com empréstimos a longo prazo”, destacou, antes de uma nota final onde falou em 81 jogadores com contrato com a SAD, e um em específico “que ganha cinco milhões por ano e não joga”, salientou que seria melhor haver menos candidaturas e mais agregação porque “a falta de coesão é um adversário maior do que os rivais”.

Dias Ferreira. Uma ideia que não vingou, um currículo que quer fazer vingar

Um dos pontos mais vincados por José Dias Ferreira quando oficializou as listas que irão a sufrágio nas próximas eleições era que em 2011 tinha dois rostos e, ao invés, tinha agora uma equipa, que deu trabalho para ser construída mas que ficou como queria. No entanto, essa diferença que tem vindo a reforçar na maioria das intervenções públicas acaba por não se denotar em debate, onde o advogado mantém o mesmo estilo mais próximo dos associados, fazendo-se valer do currículo que tem no clube e no desporto em geral, e que quer que seja encarado como uma mais valia “e não como um cadastro, como parece às vezes ser”. No entanto, a primeira ideia que lançou no debate, e que outros candidatos já tinham falado, acabou por não vingar.

“Devo primeiro registar as ausências neste debate, que mais uma vez mostram que não se consegue chegar a consensos e que todos parecemos ter uma noção diferente sobre o que são realmente os superiores interesses do Sporting. Depois, gostaria de propor a todos os candidatos um acordo, que podia ser escrito, onde haveria uma segunda volta caso ninguém conseguisse chegar a uma maioria na primeira. Para mim, não faz sentido nenhum que os Orçamentos ou os Relatórios e Contas tenham de ser aprovados por uma maioria e isso não aconteça em relação ao presidente”, lançou, numa ideia que, de formas variadas, acabou por ser refutada pelos restantes três cabeças de lista presentes, o que levou Dias Ferreira a comentar de novo como está a ser complicado chegar a consensos neste período pré-eleitoral apesar de todos baterem sempre nessa mesma tecla e, em paralelo, a anunciar que pretende ter um Conselho Estratégico “que junte antigos candidatos e também ex-presidentes”.

A “anedota negra” entre o anúncio de duas novas Academias: os planos de Dias Ferreira para o Sporting

“José Maria Ricciardi diz que sem dinheiro não há futebol, mas o contrário também se aplica: sem futebol também não há dinheiro, porque também têm de ser as vitórias a aumentar as receitas. Com pessoas competentes, que trabalham por paixão e sem outros interesses. Não andei no autocarro em festejos em 2002 mas também já fui chefe do departamento de futebol e ajudei na preparação de épocas em que somos campeões. Perceber de futebol não é só os pontapés na bola, porque o futebol não é só aquele que se joga nas quatro linhas e conheço bem os bastidores e os exteriores, não me enganam”, destacou, antes de mais uma farpa a José Maria Ricciardi por causa dos festejos em 2002: “Mas olhe, esses bons momentos, do autocarro, são para os adeptos, os presidentes e os dirigentes têm de estar lá é nos mais momentos porque é aí é que precisam estar”.

Em relação ao futebol, Dias Ferreira fez assentar a base do discurso numa só palavra: estabilidade. “Ganhando vamos ter de nos adaptar, é necessário um tempo para que quem está agora em funções possa organizar o que anda a fazer. Não podemos andar aqui a sustentar o ‘clientelismo’, não podemos mudar tudo como no Governo quando troca de partido. O meu interesse é defender o Sporting e daqui a pouco quase que tenho de pedir desculpa pelo meu currículo no desporto há 40 anos, parece que é crime. O meu cadastro está limpo, o meu currículo, esse sim, é que está repleto”, disse, antes de discordar da posição de Madeira Rodrigues em mudar de treinador quaisquer que sejam os primeiros resultados de Peseiro: “Tenho de lidar com a realidade que existe, uma época deve ser preparada a partir de janeiro mas estávamos preocupados com outras coisas. Mas desculpe que lhe diga Pedro Madeira Rodrigues, você também fala do Ranieri como se fosse a última Coca-Cola no deserto. O que é que ele ganhou além da Liga no Leicester? O Mariano Barreto também já esteve no Sporting. As coisas não podem ser vistas assim. Por exemplo, já me disseram algumas coisas e é preciso analisar quem teve a responsabilidade para o que se passou na formação do Sporting que deixou de ser de excelência, mas só o vou fazer quando estiver lá e vir com os meus olhos as coisas”.

“Todos falam em consensos e reuniões mas já foi tempo”: Dias Ferreira formaliza candidatura às eleições

Na nota final, o advogado acabou por ter o momento mais quente com Ricciardi, numa conversa que começou por considerar que o banqueiro tentou procurar os consensos demasiado tarde e quando as listas já estavam feitas, “o que mostrou pouco respeito”. “Você esteve ligado a uma década onde só se falava de passivos e reestruturações financeiras, agora já ouço outro candidato dizer que quer aumentar o passivo… Não teve responsabilidade? Você próprio se arroga que ajudou o Sporting. Parece que algumas pessoas não gostam de ouvir as verdades…”, atirou, antes de ficam sem som no microfone tal como Ricciardi.

Madeira Rodrigues. A recusa de um Pinto da Costa e as soluções no estrangeiro

Pedro Madeira Rodrigues, o único candidato que avançou contra Bruno de Carvalho no último sufrágio do ano passado, acabou por ser a maior surpresa do debate mas apenas na etapa inicial, até à altura em que quis cimentar as diferenças com José Maria Ricciardi e Dias Ferreira, que passaram pelo Sporting no período que acabou por coincidir com os maiores jejuns de títulos no futebol dos leões. Ainda assim, e mesmo depois de estar “marcado” pelos outros candidatos, foi tentando explicar o seu projeto em áreas variadas e acabou mesmo por, em algumas alturas, invocar a importância conjuntural do ex-líder destituído.

“Precisamos de um presidente que no dia seguinte consiga juntar todos os outros candidatos, por forma a aproveitar todos os contributos que podem dar na parte financeira, no futebol ou noutras áreas. Com esse sinal, acredito que no dia seguinte às eleições iremos ter 100% dos sócios com quem ganhe. Recordo que nas últimas eleições fui o único a enfrentar o sistema, acabei por ter razão antes do tempo. Senti tudo aquilo que tem de acabar no Sporting, o ser calado só porque tinha uma opinião diferente dos outros, o ser chamado ‘sportingado’. Isso tem de acabar de vez”, salientou, enquanto recusava o sentido de rutura geracional mas sim o dar lugar a outros que nunca estiveram ligados ao clube e que podem trazer mais valias neste contexto.

Madeira Rodrigues apresenta-se com um ás de trunfo: Claudio Ranieri será o treinador em caso de vitória

“No ano passado avancei com sentido de missão e voluntarismo numa altura em que havia confusão o Sporting e o presidente do Sporting. Podia não ter então a preparação necessária, mas percebi que tinha de ser diferente em dois aspetos: por um lado, a situação financeira, porque achar que se pode vir para o Sporting sem uma almofada é um disparate; depois, em relação ao futebol, apresentar uma equipa na qual acreditasse. Claudio Ranieri tem perfil semelhante a Bobby Robson, é um gentleman mas também tem muita raça, é um treinador para quatro anos de mandato. Sou gestor, sempre que puder escolherei equipas da minha confiança. Na penúltima vez em que fomos campeões o Sporting trocou de treinador à quinta jornada e antes falei com José Peseiro sobre a minha opção. Problemas no balneário? Nós é que achamos que os jogadores são flores de estufa mas não são, são homens de barba rija. Além disso, contamos com uma equipa que tem Delfim ou Mariano Barreto”, explicou.

“Convosco [Ricciardi e Dias Ferreira] o Sporting ganhou dois títulos em 30 anos. Bruno de Carvalho esteve bem porque conseguiu abanar as águas mas o Sporting não voltará ao passado e vocês já tiveram as vossas experiências. Fala-se por exemplo de Pinto da Costa, no nosso clube não pode ser. O Sporting perdeu força nos últimos anos para os rivais no futebol, mas não queremos um Pinto da Costa no Sporting. Houve ao longo de muitos anos as mesmas pessoas, Bruno de Carvalho agitou isso e não soube depois aproveitar uma oportunidade única para colocar o Sporting no caminho certo por causa da sua personalidade. O Sporting sofre uma crise de identidade e temos de lembrar quais são os nossos valores, além de voltarmos a ter o clube dos sócios, além da descentralização, além dessa necessidade de inovar. O Cashball é uma vergonha”, frisou.

“Estou mais confiante, no ano passado fomos os únicos a aparecer”. Madeira Rodrigues formaliza candidatura

Sobre a situação financeira, Madeira Rodrigues apontou as soluções que tem encontrado no estrangeiro. “Quem for presidente do Sporting tem de ter os tais 120 milhões de euros. Faremos um empréstimos obrigacionistas e temos soluções no Kuwait, nos Emirados Árabes Unidos, na Arábia Saudita. Além disso, queremos aproveitar o negócio que estava a ser feito com a recompra das VMOC por 40,5 milhões, o que daria ao Sporting cerca de 90% da SAD. Temos soluções muito interessantes e não devemos andar com a conversa do coitadinho porque temos uma marca muito valiosa”, concluiu.

Rui Jorge Rego. O lamento por falar do passado sem explicar o que virá no futuro

Rui Jorge Rego, advogado que foi o último a formalizar a candidatura ao final da tarde em Alvalade, acabou por ser o mais prejudicado com as especificidades que o debate foi ganhando ao longo de mais de duas horas, como ficou percetível não só pelo menor número e tempo de intervenções mas também na nota final que deixou e que viria a encerrar o direto.

De nove para oito, de oito para seis e de seis para sete (em 48 horas): Rui Jorge Rego é candidato à presidência do Sporting

“Discutimos muito o passado e projetos para o futebol, mas não falámos das modalidades, dos novos modelos de negócio, da internacionalização da marca e pouco da profissionalização da SAD, que são os quatro grandes pilares do nosso projeto. É com essa profissionalização que iremos aumentar as receitas, que é algo obrigatório, e que no próximo debate se fale do futuro do Sporting, que é o mais importante”, comentou, dizendo ainda que, caso seja eleito, espera que José Peseiro seja campeão.

“Avançámos com uma candidatura por causa do projeto que conseguimos montar, que entendemos ser um projeto de futuro, como está no nosso lema. Não nos podemos esquecer que nos últimos 40 anos ganhámos três Campeonatos e isto tem de mudar para sempre, não é ganhar uma vez e depois só voltar a ganhar daqui a 15 anos. Temos de fazer uma alteração de paradigma, uma nova gestão que profissionalize aquilo que é a mola do Sporting, que é o futebol, e temos reunidas essas condições”, afirmou, antes de recordar a Madeira Rodrigues que para trazer Ranieri é necessário pagar a rescisão de José Peseiro e recusar qualquer tipo de confronto de gerações: “Para mim isso da idade, do credo ou da religião não existe”.

“Grande diferença para os outros? A profissionalização da SAD”: Rui Jorge Rego foi o oitavo a formalizar listas

“O que vou mudar no futebol? Desde logo a composição da SAD, com a contratação de um CEO que pode ser um expert do futebol e um chairman que acaba por ser um senador do Sporting. Tenho um perfil e várias pessoas que se enquadram nele. Bruno de Carvalho? Não, volto a dizer que não é Bruno de Carvalho. Isso foi um fait divers que andou nas redes sociais mas volto a dizer mais uma vez para que não existam dúvidas que não sou testa de ferro de Bruno de Carvalho”, comentou numa primeira fase. “Já ouvi falar em estagiários, em paraquedistas, na história do lobo mau mas depois não se quer essa divisão entre os mais velhos e os mais novos… A nível financeiro não tenho grandes preocupações com o que existe e com o que terei de lidar caso seja eleito porque tenho dois investidores, como já anunciei, e que serão apresentados durante a campanha”, acrescentou mais tarde.