Duas pessoas morreram e oito ficaram feridas numa operação terrestre e marítima que contou com 2.800 efetivos das forças de segurança para combater o crime na zona metropolitana do Rio de Janeiro.
A ação faz parte da intervenção federal decretada em fevereiro pelo Presidente brasileiro, Michel Temer, que deixou nas mãos do exército a segurança do estado do Rio de Janeiro com o objetivo de fazer frente à grave vaga de violência que atinge a região.
O Comando Militar do Leste informou ainda que foram apreendidas seis pistolas, uma espingarda, onze carregadores, cinco cartuchos de munição, três motociclos e três embarcações. Além disso, os militares realizaram 3.000 verificações de antecedentes criminais.
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A operação decorreu no complexo de bairros do Salgueiro, no município de São Gonçalo, região metropolitana a norte do Rio, e na Baía de Guanabara, numa superfície marítima de 61 quilómetros quadrados, segundo o Comando Militar do Leste.
Durante as ações, os militares do exército e da marinha cumpriram mandados judiciais, verificaram denúncias de práticas criminais e efetuaram cercos terrestres. Segundo as autoridades militares, no complexo de favelas do Salgueiro e nos seus arredores, atuaram 2.520 militares das forças armadas, com apoio de blindados e aeronaves.
Na área da Baía da Guanabara, que banha municípios do Rio de Janeiro, participaram nas operações 300 homens da marinha e 12 agentes da polícia federal que realizaram ações de bloqueio e cerco naval, com o principal objetivo de reprimir crimes. As ações ocorreram com o apoio de tanques, veículos blindados e aeronaves, assim como de dois barcos e 10 lanchas rápidas.
Seis meses após o início da intervenção, a violência não cedeu no Rio de Janeiro. O número de tiroteios subiu cerca de 40% e as mortes nos confrontos com as forças de segurança foram as mais altas em 30 anos, segundo o Observatório da Intervenção. Durante este período, 736 pessoas morreram em confrontos ocorridos em operações das forças de segurança e outras 2.617 foram vítimas de homicídio.