A Interpol – Organização Internacional de Polícia Criminal nega estar a investigar alegados financiamentos de partidos europeus pela Venezuela. Em causa estão as declarações do presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (STJ),  Miguel Ángel Martín Tortabú — que exerce o cargo no exílio, dada a perseguição política de que diz ter sido alvo pelo regime venezuelano -, na Comissão de Investigação de Financiamento dos Partidos Políticos.

Ao jornal I, fonte da Interpol, negou qualquer investigação a Hugo Chávez ou a Nicolás Maduro no caso do financiamento do partido espanhol Podemos. A Interpol invocando o artigo 3 da constituição, alega que não se pode envolver em questões militares, políticas, religiosas ou raciais. 

A Procuradora Geral [da Venezuela], Luísa Ortega [também exilada], já entregou à Interpol um relatório que contém detalhes muito concretos sobre os mil milhões de dólares entregues pelo regime chavista para fundar partidos noutros países, entre eles Espanha”, afirmou Miguel Tortab, na altura.

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As suspeitas de que o governo de Hugo Chávez terá investido e financiado a fundação do partido de esquerda Podemos não são novas. Estas surgiram depois de ter sido descoberto que o Centro de Estudos Políticos e Sociais – uma organização anticapitalista por onde passaram diversos dirigentes do partido – recebeu perto de sete milhões de euros provenientes do regime venezuelano. As suspeitas adensaram-se, em 2017, quando um antigo diretor de um canal de televisão espanhola ter acusado a Venezuela e o Irão de financiarem um programa de televisão que deu palco mediático a Pablo Iglesias e outros elementos do Podemos.

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