Para já, as tréguas na guerra comercial entre EUA e China vão durar apenas três meses, a começar já a 1 de Janeiro de 2019, mas serão para continuar, isto se Donald Trump e Xi Jinping entretanto chegarem, como todos prevêem, a um acordo mais duradouro. E já são visíveis os primeiros resultados desta paz comercial, sobretudo no sector automóvel, com os governantes chineses a anunciar que, no primeiro dia do próximo ano, as taxas sobre os carros produzidos nos EUA e exportados pela a China vão cair dos actuais 40% para apenas 15%. Além disto, também as peças utilizadas na fabricação de automóveis produzidos em fábricas chineses, provenientes dos EUA, verão a sua carga fiscal diminuída.

O anúncio permite respirar de alívio os construtores que exportam veículos para o mercado chinês, a começar pelos americanos da Ford. Mas a medida é ainda mais importante para as marcas europeias com fábricas nos EUA, como a Mercedes, mas especialmente a BMW, que instalou uma capacidade excedentária na América para exportar para os mercados asiáticos a partir daí. Porém, a maior beneficiada com estas tréguas é a Tesla, pois se a “luta” continuasse ficaria arredada do mercado chinês até a Gigafactory 3 – aquela que está a construir na China para alimentar o mercado local e, quem sabe, o europeu – estar a funcionar.

Assim que a China anunciou para Janeiro a redução das tarifas, a Tesla apressou-se a reduzir os preços dos seus modelos para o mercado local. Assim, o Model S viu o seu preço reduzido em 105.000 yuan, o equivalente a 15.200€, enquanto o do Model X foi reduzido em 65.000 yuan, aproximadamente 9.400€. Com isto, a Tesla espera regressar ao notável incremento do volume de vendas de que vinha a usufruir, ainda mais importante agora que está em vias de começar a exportar o mais acessível Model 3.

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