O Ministério da Saúde de Moçambique e a ONU lançaram esta sexta-feira um projeto de 5,5 milhões de euros para fortalecer a distribuição de medicamentos e o combate à tuberculose, anunciaram as duas instituições, em comunicado.
A iniciativa visa reforçar “a cadeia de abastecimento de medicamentos e produtos médicos e melhorar as condições de atendimento e cuidado clínico para pacientes com tuberculose multirresistente”, referiram.
O projeto inclui a construção de cinco enfermarias de tuberculose multirresistente e 17 abrigos de espera para as clínicas, para reduzir os riscos de transmissão nas unidades de saúde e criar espaços seguros para a prestação de serviços de cuidado de qualidade.
Serão também apoiadas as centrais de medicamentos, com a construção de um novo armazém provincial em Chimoio, província de Manica, centro do país, e com a reparação do armazém regional da Beira – além de outras instalações de saúde regionais.
Este projeto vai contribuir para melhorar a qualidade de vida das nossas populações, apoiando os esforços e metas do Governo”, referiu Zacarias Zindoga, secretário permanente do Ministério da Saúde.
As atividades vão usar subvenções do Fundo Global de Combate ao SIDA, a Tuberculose e a Malária, alinhadas com as metas e estratégias nacionais de saúde que cobrem o período de 2014 a 2020.
“O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) compromete-se a apoiar o aceleramento da implementação das subvenções do Fundo Global”, detalhou Martim Faria e Maia, representante residente do PNUD.
O modelo de parceria permite ao PNUD “estar disponível para apoiar as autoridades nacionais na maximização do impacto desses financiamentos”, concluiu.
O elevado número de casos de HIV, tuberculose e malária “coloca uma imensa pressão sobre o sistema de saúde do país, representando ainda uma séria ameaça à saúde pública”, destacam o Governo e Nações Unidas em comunicado.
Só em 2017, 130 mil novas infeções por HIV foram reportados e 86.515 casos de tuberculose notificados, acrescentam.