Inês Arrimadas, a líder da oposição na região da Catalunha, vai ser a cabeça-de-lista ao Parlamento nacional nas listas do Ciudadanos pelo círculo de Barcelona. Arrimadas conseguiu que o Ciudadanos fosse o partido mais votado nas regionais da Catalunha (não se tornou presidente porque os independentistas uniram-se em coligação) e quer agora ajudar Alberto Rivera, o líder do partido, a chegar a primeiro-ministro nas legislativas de 28 de abril. “Vou dar tudo [tradução livre de ‘voy a dejarme a piel’] para que Albert Rivera seja o próximo presidente do Governo. Vamos caminhar juntos até ao Governo de Espanha”, prometeu Arrimadas durante um discurso que o El País definiu como “emotivo” sobre a sua história pessoal e com críticas a Pedro Sánchez.

Num evento em Madrid, Rivera respondeu na mesma moeda: “Inês, eu conheço-te desde que começaste. E não pedia ter melhor aliada, parceira, uma parceira melhor do que tu. E digo-te: juntos vamos ganhar.” Arrimadas utilizou a sua história pessoal para destacar como Espanha deve ser um país unido: “Estamos em Madrid, centro do triângulo que marcou a minha vida: Salamanca, Barcelona e Jerez”. Os pais da candidata do Ciudadanos nasceram em Salamanca, ela nasceu em Jerez de la Frontera (Cádiz) e vive na Catulanha — além de ser casada com um catalão. “Este é um país diverso, que trago no sangue”, afirmou Arrimadas.

Em 2017, Arrimadas assumiu o objetivo de ganhar as eleições autonómicas aos partidos e conseguiu ser a mais votada, o que não chegou para liderar o Governo. Com Arrimadas como número um por Barcelona nas legislativas, o Ciudadanos espera potenciar os resultados do partido, que ficou em primeiro nas regionais, mas em último nas legislativas de 2016. Na altura, o Ciudadanos conseguiu apenas cinco dos 47 lugares que a Catalunha tem no Congresso (Parlamento espanhol). Até maio, altura em que terá de assumir o cargo no Parlamento, Arrimadas continuará na Catalunha como líder da oposição.

Com várias críticas ao primeiro-ministro espanhol, Arrimadas atirou: “Imaginam mais quatro anos de Sánchez na Moncloa com os separatistas? Eu não quero ver esse futuro negro para o meu país. Chegou o momento de tirá-lo do Governo.”

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