O presidente executivo da petrolífera italiana ENI disse esta sexta-feira que Angola é “um grande exemplo do modelo de exploração e de aplicação da tecnologia”, salientando que os poços Kalima e Afoxé podem entrar em produção em três anos.
O Bloco 15/06 é um grande exemplo do nosso modelo de exploração; até agora perfurámos 21 poços com uma taxa de sucesso de 86%, descobrindo mais de 4 mil milhões de barris com uma produção de mais de 150 mil barris por dia”, disse o presidente executivo da petrolífera italiana, durante a intervenção inicial na apresentação da estratégia da empresa para os próximos três anos.
“Nos últimos meses, fizemos três grandes descobertas de óleo leve, em Kalima e Afoxé, estimamos ter 400 a 500 milhões de barris, e há algumas semanas descobrimos um novo gigante em Angola, que pode conter até 650 milhões de barris”, disse o líder da petrolífera.
“Vamos acelerar o desenvolvimento destes novos poços usando as instalações atuais”, acrescentou Claudio Descalzi, na parte da intervenção que incidiu sobre Angola.
O campo Kalimba foi descoberto em junho do ano passado a sudeste do Bloco 15/06, e pode ter até 300 milhões de barris de óleo leve, ao passo que o Afoxé foi descoberto já em dezembro, na mesma zona, e pode ter até 200 milhões de barris.
A nível mundial, a petrolífera italiana espera aumentar a produção em 3,5% por ano durante os próximos três anos, apontando como meta a neutralidade das emissões de carbono resultante das suas atividades até 2030.
ENI quer crescer 3,5% e descobrir 2,5 mil milhões barris de petróleo até 2021
Também esta sexta-feira, o presidente executivo da ENI apontou como objetivo um crescimento de 3,5% por ano até 2025, descobrindo 2,5 mil milhões de barris de petróleo através da exploração de 140 poços.
Graças à grande quantidade de novas áreas de exploração em bacias de alto potencial, definimos como meta 2,5 mil milhões de barris de petróleo de novos recursos através da perfuração de 140 poços de exploração no período do plano”, disse Claudio Descalzi.
Na apresentação da estratégia da empresa para os próximos três anos, que decorre hoje em Milão, o presidente executivo da ENI anunciou esperar, na área da exploração e produção de petróleo e gás, um aumento da produção de petróleo e gás em 3,5% por ano até 2021 e “além disso graças ao lançamento de novos projetos e ao grande montante de Decisões Finais de Investimento baseados nos 3 mil milhões de barris de reservas”.
Para a ENI, é essencial “manter uma forte disciplina no investimento”, esperando que os novos projetos tenham um ‘breakeven’, ou seja, o nível em que o custo de exploração é compensado pelo preço de venda do produto, nos “25 dólares por barril, gerando um fluxo de caixa cumulativo de 22 mil milhões de euros durante o período do plano”.