O ministro da Defesa da Rússia acusou esta quinta-feira os Estados Unidos de provocação, depois de um bombardeiro B-52 norte-americano ter sido intercetado no Mar Báltico por dois caças russos Sukhoi SU-27, numa zona muito próxima da fronteira com a Rússia.

“Limito-me a dizer que ações dos Estados Unidos como esta não levam ao fortalecimento de uma atmosfera de segurança e estabilidade na região”, sublinhou Dmitry Peskov numa conferência de imprensa, acrescentando que ao invés de um ambiente estável, as ações norte-americanas “criam tensões adicionais”. Depois de ser intercetado pelos dois caças, o bombardeiro acabou por mudar o percurso e afastar-se, relatou o ministro, citado pela Sputnick.

Antes desta reação do Kremlin, o comando da Força Aérea dos Estados Unidos na Europa já tinha confirmado que tinha colocado bombardeiros B-52 a realizarem voos nos países bálticos, nas regiões de Kaliningrado e Leningrado, atual São Petersburgo, mas que estes voos serviram como uma demonstração do compromisso de Washington com a segurança regional.

Estas missões foram estreitamente coordenadas com os governos dos respetivos países e com as unidades de Presença Avançada da NATO que operam lá”, referiu o comando numa declaração.

O porta-voz da NATO, Oana Lungescu, sublinhou que estes voos faziam parte de uma operação de rotina para demonstrar “as capacidades únicas que os EUA podem trazer para a Europa numa situação de crise”. O Ministério da Defesa da Rússia confirmou, entretanto, que os aviões dos EUA não violaram o espaço aéreo russo e que as forças armadas do país os acompanharam durante o voo.

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