Histórico de atualizações
  • Este liveblogue fica por aqui. O Observador vai continuar a acompanhar os desenvolvimentos sobre o ciclone Idai, que já matou pelo menos 242 pessoas em Moçambique. Obrigado por ter seguido o assunto connosco.

    Até amanhã.

  • EDP enviou peritos e disponibiliza-se para ceder geradores

    “Seguiram esta noite para Moçambique, inseridos na missão do Estado português, dois peritos da EDP, afetos à EDP Distribuição, especialistas em redes e com experiência em cenários de catástrofe. Estes dois técnicos vão proceder ao reconhecimento do terreno e à analise das necessidades com vista à definição de um plano de ação, em articulação com as autoridades. Além desta iniciativa, a EDP disponibilizou-se ainda para ceder cerca de 15 geradores que assegurem a reposição do fornecimento de eletricidade, devendo o seu envio ocorrer nos próximos dias, em função das condicionantes de transporte”, disse fonte oficial da EDP.

  • Portugal fretou avião comercial que parte na sexta-feira para Moçambique

    Portugal fretou um avião comercial que vai partir na sexta-feira para Moçambique com cerca de 50 pessoas e diverso material para ajudar nas operações, após o ciclone Idai, disse esta quinta-feira o ministro da Administração Interna.

    O ministro Eduardo Cabrita referiu que o avião comercial vai transportar elementos da Força Especial de Bombeiros, da Guarda Nacional Republicana e bombeiros de corporações do distrito de Santarém, bem como nove pessoas do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses e duas do Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária, para ajudarem na identificação das vítimas mortais.

    A bordo vão também entre 10 a 12 embarcações semirrígidas para ajudarem nas operações de apoio e resgate que estão a decorrer em Moçambique, afetado pelo ciclone, que causou pelo menos 242 mortos.

    Agência Lusa

  • Jair Bolsonaro disponível para ajudar Moçambique

    O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou esta quinta-feira que está disponível para ajudar a população moçambicana afetada pelo ciclone Idai, declarando estar também solidário com os povos do Zimbabué e Maláui.

    “Ontem (quarta-feira) liguei para o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, para prestar solidariedade ao seu país e às vítimas da devastação causada pelo ciclone Idai. Colocamo-nos à disposição no que for possível. Solidarizo-me com o povo do Zimbabué e Maláui, também atingidos pelo ciclone”, escreveu Bolsonaro na rede social Twitter.

    O número de mortos confirmados na sequência do ciclone Idai subiu para 242 em Moçambique e 139 no Zimbabué, segundo dados oficiais hoje divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

    As únicas estimativas conhecidas do Maláui continuam inalteradas, em 56 mortos e 177 feridos.

    O número total de mortos na sequência do ciclone Idai sobe, assim, para 437, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos desde segunda-feira.

    O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, decretou o estado de emergência nacional na terça-feira e disse que 350 mil pessoas “estão em situação de risco”.

    Moçambique cumpre hoje o segundo de três dias de luto nacional.

    A Cruz Vermelha Internacional indicou que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira, considerando que se trata da “pior crise” do género em Moçambique.

    O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.

    Agência Lusa

  • Pelo menos 120 corpos levados pelas águas do Zimbabué para Moçambique

    Pelo menos 259 pessoas morreram no Zimbabué vítimas da passagem do ciclone Idai, segundo o mais recente balanço feito esta quinta-feira pela ministra da Defesa zimbabueana, referindo que 120 corpos foram levados pelas águas do país para Moçambique.

    No balanço feito durante a visita que realizou à cidade de Mutare, no leste do país, a ministra da Defesa, Oppah Muchinguri, revelou que mais de 120 corpos foram levados para território moçambicano, nas inundações e cheias que se seguiram à passagem do ciclone Idai pelos dois países, e ainda pelo Maláui.

    Estes corpos juntam-se aos restantes 139 mortos anteriormente confirmados pelas autoridades do Zimbabué.

    “A maioria dos corpos foi levada para Moçambique [nas inundações] e porque estavam em mau estado de conservação, eles [em Moçambique] acabaram por os enterrar”, disse Muchinguri.

    No total, entre Moçambique, Zimbabué e Maláui estão confirmados pelo menos 557 mortos na sequência da passagem do ciclone Idai.

    Entretanto, no Zimbabué, camiões carregados de alimentos, remédios e outros bens de primeira necessidade e de emergência doados por igrejas, cidadãos e empresas privadas continuam a chegar a Mutare.

    De visita às áreas afetadas pelo ciclone, o Presidente da República do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, disse que testemunhou “um desespero absoluto”.

    O chefe de Estado convocou dois dias de luto nacional no Zimbabué, a partir de sábado.

    Em Moçambique, o último balanço do Governo aponta para 242 mortos em consequência da passagem do ciclone pelo centro do país, enquanto as únicas estimativas conhecidas no Maláui continuam inalteradas, em 56 mortos e 177 feridos.

    O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na noite de 14 de março, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.

    Agência Lusa

  • Avião fretado pela Cruz Vermelha Portuguesa para segunda-feira para a Beira

    Um avião fretado pela Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) parte na segunda-feira com ajuda humanitária para a Beira, região no centro de Moçambique afetada pela passagem do ciclone Idai, anunciou esta quinta-feira o presidente daquela instituição.

    O presidente da CVP, Francisco George, anunciou esta quinta-feira, em Lisboa, que a instituição angariou 394.000 euros para ajuda humanitária a Moçambique, país que já contabiliza 242 vítimas mortais em consequência da passagem do ciclone.

    Em conferência de imprensa, Francisco George referiu que a CVP recebeu 144.000 euros até às 15:00 desta quinta-feira, acrescentando que lhe foi prometida a entrega “em breve” de mais 250.000 euros por parte de outras organizações.

    Francisco George apontou que deste valor, 295.000 euros estão destinados para fretar um avião que poderá transportar 30 toneladas de material e ajuda humanitária, ao abrigo da denominada “Operação Imbondeiro”.

    O avião, que partirá para a cidade moçambicana da Beira na segunda-feira, transportará o hospital de campanha da CVP – com uma massa de cinco toneladas – e bens que serão entregues por grandes superfícies comerciais que estão, disse ainda Francisco George, “todas a ajudar no processo de angariação”.

    Durante a conferência, Francisco George comunicou também a assinatura de um memorando de entendimento entre a Cruz Vermelha Portuguesa e a organização não-governamental Médicos do Mundo, liderada por Fernando Marques.

    Este acordo entre as duas organizações pretende unir esforços “no sentido de otimizar recursos e sinergias de forma a fazer chegar o mais brevemente possível o apoio à região da Beira”.

    Agência Lusa

  • Fundação de Mia Couto abre contas para donativos de ajuda a Moçambique

    A Fundação Fernando Leite Couto, em parceria com a Cruz Vermelha Internacional, vai ajudar na angariação de valores monetários para ajuda humanitária imediata em Moçambique, como se lê na carta do escritor Mia Couto, hoje divulgada.

    Na carta assinada pelo escritor moçambicano, natural da Beira, lê-se que o seu país “precisa urgentemente da solidariedade de todos”, e que, além da ajuda humanitária imediata, também serão angariados valores para a “reconstrução, a longo prazo, de infraestruturas danificadas devido a passagem do ciclone Idai, pela zona centro do país”.

    As Nações Unidas apontam o ciclone, que afetou 1,7 milhões de pessoas, como “o pior desastre climático no hemisfério sul”.

    O facto de não se conseguir quantificar o número de mortos e avaliar a dimensão dos estragos, que incluem casas, edifícios públicos, estradas, pontes, energia ou comunicações, mostra bem “a dimensão desta tragédia, que supera largamente a capacidade de resposta do nosso país”, escreve Mia Couto.

    A cidade da Beira, a segunda maior de Moçambique, foi “quase totalmente destruída e encontra-se isolada”. Parece “ter sido condenada ao escuro, ao luto e ao silêncio”, escreve Mia Couto, segundo o qual “não há mais chão para a chuva que continua a tombar”.

    A Fundação, lê-se na missiva, “irá definir, numa segunda fase, com amigos e parceiros, formas de manter o apoio na reconstrução da cidade da Beira”.

    “Na primeira fase, os donativos serão canalizados para a Cruz Vermelha de Moçambique e Internacional, para responder às necessidades imediatas como imperativo humanitário”, escreve Mia Couto.

    Os donativos em dólares podem ser entregues no IBAN MZ590 0430 000 000 179 7980 085, SWIFT: UNICMZMX, ou em meticais em IBAN MZ590 0430 000 000 179 7880 369, SWIFT: UNICMZMX, ou ainda através da página de facebook da Fundação Fernando Leite Couto, e dos ‘sites’ e facebook da Editorial Caminho.

    O escritor tem mantido publicações regulares, no Facebook, que documentam a situação no país.

    Na terça-feira, lia-se na sua página oficial: “Na verdade, estou quase tão destruído quanto a minha cidade. Estava determinado a ir para a Beira para mergulhar no espírito do lugar e agora, segundo me dizem, quase não há lugar. É como se me tivessem arrancado parte da infância”.

    De acordo com números divulgados hoje, em Genebra, pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas, a passagem do ciclone Idai por Moçambique, Zimbabué e Maláui atingiu, pelo menos, 2,8 milhões de pessoas.

    O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, decretou o estado de emergência nacional, na terça-feira, e disse que 350 mil pessoas “estão em situação de risco”.

    Moçambique cumpre hoje o segundo de três dias de luto nacional.

    A Cruz Vermelha Internacional indicou que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira, considerando que se trata da “pior crise” do género em Moçambique.

    O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na noite de 14 de março, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.

    Agência Lusa

  • Organização Meteorológica Mundial defende reforço de sistema de alertas em Moçambique

    O diretor do escritório para os Serviços Climáticos da Organização Meteorológica Mundial (OMM) defendeu a necessidade de reforçar o sistema e a eficácia dos avisos às populações em caso de catástrofes como a do ciclone Idai.

    Em entrevista à ONUNews, Filipe Lúcio, que é diretor do Escritório sobre o Quadro Global para os Serviços Climáticos da OMM e ex-diretor do Instituto Nacional de Meteorologia em Moçambique (INMM), disse que a agência acompanha com “muita preocupação” a situação no país.

    “A OMM tem estado a acompanhar este fenómeno com muita preocupação, pelo facto de ter sido um ciclone dos mais fortes, de categoria 4, capaz de causar estragos e os estragos em Moçambique foram consideráveis. Estamos interessados não só em monitorizar, mas também em trabalhar com o país no sentido de reforçar a sua capacidade de avisos prévios”, disse. Filipe Lúcio revelou ainda estar em contacto com os serviços de meteorologia moçambicanos na coordenação de “uma possível missão de avaliação no terreno para determinar o que mais se pode fazer para reforçar as capacidades do Instituto Nacional de Meteorologia”.

    O responsável da OMM, que durante as cheias de 2000 em Moçambique presidia ao INMM, adiantou que foram tiradas lições importantes dessa altura em matéria de alerta às populações, mas reconheceu que há questões que é preciso rever.

    Tirámos lições do que aconteceu no ano 2000 e foi reforçado, não só o sistema de aviso prévio, mas também a capacidade das instituições […]. Houve um relativo avanço, houve melhorias e essas melhorias foram acompanhadas por alguma legislação que veio melhorar o ambiente de [resposta às] catástrofes”, considerou.

    Apontou, por outro lado, que no caso dos ciclones tropicais, “um ciclone de categoria 4 precisa de códigos de construção que permitam que as infraestruturas que existem sejam capazes de aguentar rajadas que excedem os 150 quilómetros por hora”.

    O diretor da OMM sustentou que o nível de destruição registado evidencia que a construção não estava dimensionada para fazer face a um ciclone desta magnitude. “Em termos de aviso, a informação já estava disponível muito antes da ocorrência do ciclone e foi possível prestar alguma informação de forma antecipada. Agora, importa é ver, o facto de as infraestruturas não terem sido desenhadas para aguentar com este tipo de evento”, sublinhou.

    Assinalou também a questão das construções precárias, as mais afetadas, e apontou necessidade de perceber se existiam no país, na região da Beira em particular, centros específicos previamente identificados e previamente preparados para poderem acolher pessoas. “Há uma série de coisas que têm de ser revistas não simplesmente do ponto de vista de aviso prévio, mas também de organização para que, quando o aviso é dado, as estruturas e as pessoas possam reagir”, disse.

    Por outro lado, apontou a importância de as populações compreenderem a informação que lhes é transmitida nos avisos, alertando para os riscos da desvalorização das consequências deste tipo de fenómenos climáticos. “As pessoas confirmaram que receberam informação, mas acharam que talvez não fosse necessário sair das suas casas porque eventualmente não causaria muitos estragos. Há também aqui uma questão de conhecimento […] e as pessoas têm de ser capazes de visualizar o impacto que podem esperar deste tipo de fenómenos, de acordo com a sua categoria”, reforçou.

    O representante lembrou que o aquecimento global aumenta a intensidade destes fenómenos climatéricos, sendo por isso fundamental que se aposte em mais informação às populações sobre os verdadeiros impactos destes desastres naturais. Segundo o responsável, o ciclone tropical Idai, que atingiu Moçambique, Zimbabué e Maláui, causando mais de 400 mortos, foi classificado como de categoria 4 numa escala de 1 a 5.

    (Lusa)

  • Número total de mortos sobe para 437 nos três países afetados

    No Zimbabué, outro dos três países afetados por este ciclone, o número de mortos subiu para 139 mortos. Os números divulgados pelo Governo do Zimbabué dão também conta da existência de 189 desaparecidos. No que toca ao Malawi, o terceiro país afetado pelo ciclone, as últimas estatísticas continuam a ser de 56 mortos e 177 feridos.

    Isto significa que o número total de mortos na sequência do ciclone Idai sobe, assim, para 437, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos desde segunda-feira.

  • Escolas inundadas devido ao Idai na Beira, ano escolar perdido

    Quinta-feira da semana passada Baptista Caetano, diretor da Escola Santa Lúcia, mandou os alunos para casa mais cedo. No dia seguinte não tinha alunos, nem professores, e escola tão pouco.

    “Até quinta-feira, ao princípio da manhã, houve aulas mas depois, por causa dos comunicados, pelas 11.00 libertámos os alunos, No dia seguinte estava assim”. Baptista Caetano está à porta de uma das salas de aula da escola, sem telhado e com água ainda no chão, resultado do ciclone Idai que na semana passada assolou a região centro de Moçambique, especialmente a cidade da Beira.

    Uma das consequências da catástrofe, que já provocou mais de 200 mortes, foi a interrupção das aulas, na cidade da Beira, mas também noutros povoações da região, que estão desde então inundadas.

    Hoje, uma semana depois, a Escola Santa Lúcia não está propriamente inundada, mas há água ainda em todas as salas de aula, mesas e cadeiras reviradas, algumas chapas de zinco caídas e retorcidas. E nenhum telhado. Nem alunos.

    Até quinta-feira a escola tinha 1.034 alunos e 40 professores. Depois, “foi dia de tristeza, foi dia de choro”.

    “Perdemos tudo, computadores, máquinas, papeis”, conta o responsável à Lusa. No dia a seguir ao ciclone colocou três telhas de zinco para tapar uma parte do seu gabinete e hoje continua na escola mas sem saber muito bem o que fazer.

    “Convoquei um encontro com os professores para vermos uma solução”, diz, acrescentando logo de seguida: “a solução é voltar a cobrir” as salas de aula.

    O diretor acredita que se tudo correr bem, se a “situação normalizar”, as aulas podem começar “dentro de duas semanas”.

    Mas acredita que “o ano está comprometido”, não só na cidade da Beira como em grande parte da província de Sofala, no centro do país.

    Na Beira, como constatou a Lusa, não é só a Escola Santa Lúcia, no Bairro do Vaz, que está vazia. Noutra parte da cidade, na Escola Primária dos Pioneiros, há salas destruídas e no jardim árvores de grande porte foram arrancadas. Não há ninguém ali a não ser um menino de cara triste que está sentado à porta de uma das salas e duas meninas que andam por perto do átrio. Aparentemente só porque sim.

    Ambiente diferente do vivido a escola da Munhava, um bairro da Beira. As salas não foram transformadas em piscinas, mas servem agora para abrigar pessoas do bairro que ficaram sem casa.

    À volta de todas a mesma desolação. Poças de água estagnada, lama, árvores caídas, mesas e cadeiras partidas e lixo. E em vez dos sons típicos de uma escola há agora silêncio ou lamentos.

    Agência Lusa

  • Segundo avião português parte para Moçambique às 22h

    A Força Aérea Portuguesa vai enviar esta quinta-feira mais um avião, um C-130, para apoiar nos trabalhos de resgate em Moçambique. O segundo avião parte às 22h do aeroporto de Figo Maduro, noticia a Rádio Renascença.

    No avião seguem elementos da Proteção Civil, do INEM, da Cruz Vermelha, da Força Especial de Bombeiros, da GNR e da EDP, acrescenta a estação radiofónica. Seguem também 10 toneladas de carga — maioritariamente alimentos e medicamentos, mas também aparelhos de saúde.

  • CGD, Fidelidade e Millennium bcp juntam-se à Cruz Vermelha Portuguesa e à UNICEF no apoio às vítimas

    A Caixa Geral de Depósitos (CGD), a Fidelidade e o Millennium bcp anunciaram esta quinta-feira que se decidiram juntar à Cruz Vermelha Portuguesa e à UNICEF Portugal no apoio às vítimas do ciclone Idai. “Moçambique e Portugal são países irmãos, com múltiplas parcerias empresariais e com extensa cooperação institucional, no qual muitos portugueses têm raízes, pelo que um acontecimento destas dimensões não nos pode deixar indiferentes”, referiu a Fidelidade em comunicado.

    Esta ajuda consiste na existência de duas contas, uma na CGD e outra no Millennium bcp, onde qualquer pessoa pode fazer um donativo através de uma transferência bancária, MB WAY, ou das aplicações dos bancos. Essas duas contas correspondem à da Cruz Vermelha Portuguesa e da UNICEF, “organizações que têm a capacidade, de forma ágil e célere, dispor dos fundos angariados para prestar apoio de emergência aos moçambicanos mais afetados”, referiram na nota enviada.

    O comunicado informou ainda que as três instituições bancárias deram um contributo inicial de 150 mil euros,“que será dividido em igual parte pelas duas organizações beneficiárias, sem prejuízo de outros apoios que cada uma das empresas está a desenvolver a nível local”.

    Os números das contas são:

    • Conta da Cruz Vermelha Portuguesa na Caixa Geral de Depósitos: IBAN PT50 0035 0027 0008 2402 2305 3
    • Conta da UNICEF Portugal no Millennium bcp: IBAN PT50 0033 0000 5013 1901 2290 5
    • MB WAY: 919 919 939

  • Idai deixou quase 1.300 quilómetros quadrados inundados em Moçambique

    A passagem do ciclone Idai por Moçambique inundou pelo menos 1.276 quilómetros quadrados nas províncias de Sofala, Manica e Zambézia, segundo os dados de satélite mais recentes recolhidos pelo programa europeu Copernicus.

    De acordo comos dados partilhados pelos Serviços de Gestão de Emergência do Copernicus – Copernicus EMS -, a província mais afetada foi Sofala, com 1.224,3 quilómetros quadrados, seguindo-se a província de Zambézia, com 49,7 quilómetros quadrados de área inundada e Manica, que contou com 1,97 quilómetros quadrados afetados na sua capital, Chimoio.

    Coordenado e gerido pela Comissão Europeia, através de uma parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla inglesa), o programa Copernicus foi estabelecido em 2014 com o objetivo de providenciar uma vasta capacidade de observação global contínua, autónoma e de alta qualidade.

    As principais localidades afetadas em Sofala foram Tica (35.312,7 hectares), Mafambisse (32.403,2 hectares), Nhantaze (24.837,7 hectares), Macorreia (9.862 hectares), Beira (9.509 hectares) e Lamego (641,3 hectares).

    No total, só em Sofala, a área inundada corresponde ao equivalente a mais de 122 mil campos de futebol. Na Zambézia, o programa Copernicus detetou 4.695,4 hectares inundados em Quelimane, capital da província, e 274 hectares em Chinde.

    Na capital da província Manica, Chimoio, os satélites europeus verificaram 196,5 hectares de terrenos inundados.

    Atualmente, aquele programa europeu comporta sete missões Sentinel, incluindo o Sentinel-1, que utiliza dois satélites (o Sentinel-1A e o Sentinel-1B) para providenciar imagens de radar de cariz meteorológico.

    (Agência Lusa)

  • Uma imagem satélite partilhada pela Agência Espacial Europeia mostra a dimensão das cheias provocadas pelo ciclone Idai.

  • Câmara de Lisboa apoia com 150 mil euros e promove recolha de géneros. Saiba como ajudar

    A câmara municipal de Lisboa vai apoiar as autoridades de Moçambique com 150 mil euros, anunciou a autarquia em comunicado de imprensa. “Face à dramática situação que Moçambique tem estado viver nos últimos dias após a passagem do ciclone Idai, a Câmara Municipal de Lisboa vai conceder um apoio de 150 mil euros, havendo igualmente disponibilidade imediata de envio de equipas multidisciplinares de técnicos para apoio a necessidades básicas no terreno”, lê-se numa nota enviada pela câmara de Lisboa às redações.

    A autarquia “apela também à solidariedade de todos para com aquele país da nossa Comunidade de Língua Oficial Portuguesa” e avisa que os lisboetas podem contribuir com “géneros mais prioritários” nos seguintes quartéis do Regimento de Sapadores Bombeiros:

    • D. Carlos I,
    • Martim Moniz,
    • Graça,
    • Defensores de Chaves,
    • Santo Amaro,
    • Monsanto,
    • Alvalade,
    • Benfica,
    • Marvila,
    • Encarnação,
    • Alta Lisboa

    “De acordo com as autoridades moçambicanas, os donativos em géneros mais prioritários para as populações afetadas são os seguintes: Medicamentos, essencialmente, para infeções gastrointestinais e analgésicos, produtos alimentares enlatados com período de validade prolongado, produtos para o tratamento de água e produtos de higiene pessoal e limpeza de instalações”, conclui a nota de imprensa enviada pela autarquia de Lisboa.

  • Um templo da Igreja Pentecostal Unida de Esperança ficou totalmente destruído. Só restou o púlpito. Esta quinta-feira, os membros daquela comunidade religiosa moçambicana juntaram-se junto aos destroços da sua igreja para rezar e cantar, como se vê neste vídeo divulgado nas agências internacionais:

  • Número de mortos em Moçambique sobe para 242

    O número de mortos em Moçambique subiu para 242, disse o ministro da Terra e do Ambiente, Celso Correia, citado pela agência Reuters.

    Continua a haver cerca de 15 mil pessoas a necessitar de resgate, de acordo com o governante.

    Além disso, 30% dos centros de desalojados estão sem recursos alimentares.

  • Portugueses no centro de Moçambique pedem segurança e apoio financeiro

    Os portugueses residentes na cidade da Beira, Moçambique, pediram segurança e linhas de crédito de apoio ao secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que visita a região destruída pelo ciclone Idai. O pedido foi expresso numa carta assinada por 51 cidadãos portugueses, a maior parte empresários que dizem dar emprego a 800 pessoas.

    “Este é um documento não emotivo, mas sim uma exigência que deve ser tomada em conta pelo Governo português”, referiu Joaquim Vaz, empresário que falou num encontro mantido esta manhã com o governante. Entre os principais pedidos está que Portugal indique uma força especial para garantir a proteção dos portugueses na Beira, agora que estão mais vulneráveis numa cidade sem eletricidade, nem outros serviços básicos. Pediram ainda a criação de uma linha de crédito que os possa apoiar em casos urgentes e no esforço de reconstrução que se segue.

    No encontro, a comunidade pediu maior presença do consulado português, que acusou de pouco ou nada ter feito para os ajudar. Os portugueses disseram não entender porque é que, até agora, os consulados não têm telefone satélite para casos de emergência. “Não se pode pensar que Portugal tem autonomia para chegar aqui e designar forças especiais para proteger só os portugueses”, respondeu o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro.

    “Isso depende das autoridades moçambicanas. Moçambique tem liberdade para pedir apoio em áreas especiais”, acrescentou, sublinhando que “Portugal é um parceiro que é chamado a cooperar quando necessário”. José Luís Carneiro classificou como uma boa possibilidade a criação de uma linha de apoio financeiro e até interrompeu a reunião para falar através de um telefone satélite com serviços do Governo, em Lisboa. Enquanto as decisões se prepararam, o governante fez um apelo “à acalma e sensatez”.

    (Lusa)

  • Primeira equipa portuguesa dos Médicos Sem Fronteiras já começou a assistir populações

    A primeira equipa portuguesa dos Médicos Sem Fronteiras, que chegou na quarta-feira à Beira, já terminou a avaliação inicial e está pronta para começar a assistir a população que esteja em dificuldades. Como se pode ver na imagem, o cenário é assustador, algo que a equipa portuguesa notou logo à chegada: “O que vemos logo à chegada é destruição – e água por todo o lado. Estamos focados em perceber as necessidades na cidade, com 500 000 habitantes, onde a maior parte das casas estão danificadas ou destruídas”, disse a organização noutro tweet.

  • Mota-Engil ajuda à recuperação com um milhão de dólares em obras

    A Mota-Engil está a apoiar o Governo moçambicano com um milhão de dólares em obras de recuperação de estradas e pontes, para pôr vias de acesso a funcionar, disse à Lusa o administrador executivo da empresa Manuel Mota.

    Como um dos maiores empregadores em Moçambique, com cerca de 2.000 trabalhadores e 20% do total da faturação em África naquele país, o grupo Mota-Engil “disponibilizou-se de imediato para apoiar, não só com trabalhos e serviços, mas também, através da Fundação Manuel António da Mota, com produtos alimentares e outros bens de primeira necessidade”, afirmou o filho do empresário António Mota. “As obras que estamos a realizar, no valor de cerca de um milhão de dólares, são custos assumidos por nós”, sublinhou Manuel Mota, que assegura que nenhuma das cerca de 20 obras que o grupo tem atualmente naquele mercado foi afetada pelo ciclone Idai, que já matou pelo menos 217 pessoas em Moçambique.

    “Nós não fomos afetados diretamente, mas fomos indiretamente. Estamos naquele país há muitos anos, temos ligações afetivas e negócios lá e o nosso principal cliente, o Estado moçambicano, foi bastante afetado. Por isso, é hora de sermos solidários”, referiu. Como o grupo Mota-Engil tem estaleiros em Mocuba, na província da Zambézia, deslocou a partir dali os meios humanos, máquinas e equipamento que seriam necessários à recuperação de vias rodoviárias na província de Sofala, onde fica a cidade da Beira.

    A Mota-Engil tem obras de norte a sul de Moçambique, mas conhece muito bem toda aquela região, até porque foi responsável pela obra de recuperação do designado corredor da Beira (a ligação ferroviária) que liga moçambique ao Zimbabué e à Zâmbia, por caminho e ferro. Para Manuel Mota, Moçambique, que “já tem vindo a fazer progressos”, vai recuperar a sua economia, mesmo depois da tragédia do Idai, com ajuda da exploração de gás, que terá um “impacto positivo”. No entanto, acrescentou, o país precisa de capacidade de investimento.

    O empresário acredita que “o ciclone pode ter aberto os olhos” para o mundo para que se perceba que é preciso apoiar mais estes países, onde as catástrofes surgem, mas onde as capacidades de resposta são mais difíceis.

    (Lusa)

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