O bispo do Porto, D. Manuel Linda, defendeu o fim do trabalho ao domingo em defesa da vida familiar, advertindo para os “graves transtornos psicológicos do trabalhador e do fracionamento dos encontros familiares”. Segundo o site Ecclesia, o bispo, na homília da missa da Páscoa, na Sé do Porto, categorizou o trabalho ao domingo e o sistema de turnos como “novo esclavagismo laboral, legalmente imposta pelos novos senhores do mundo que dominam a economia e, por esta, os governos.”
“O mesmo se diga da abertura dos supermercados e dos centros comerciais ao domingo, expressão de um certo subdesenvolvimento humano e mesmo económico. Os países mais ricos não abrem supermercados ao domingo”, advertiu.
Para D. Manuel Linda, que aludiu à “morte do domingo” todas estas situações são sinais de uma “civilização fria, sem alma, individualista”, muitas vezes “de base materialista e hedonista, perdendo as marcas da herança cristã e da “cultura ocidental humanista”.