Vinhais, Valpaços e Alcoutim fazem o top 3 dos concelhos onde a proporção de reformados por velhice é maior do que a de trabalhadores a descontar para a Segurança Social. Aqui, os pensionistas representantam mais de 160% dos trabalhadores (em Vinhais 193%), mas não são casos únicos no país: esta é a realidade de 23% dos concelhos em Portugal continental, noticia o Jornal de Notícias (edição impressa). A nível nacional o panorama não é tão negro, mas ainda assim os pensionistas representam mais de metade do número de trabalhadores (56,4%).

Trás-os-Montes, Beira Interior e Alentejo são as regiões com mais reformados, quando comparados com os trabalhadores. No top 10, aos três concelhos referidos, somam-se: Montalegre, Gavião, Oleiros, Vimioso, Penamacor, Idanha-a-Nova e Nisa. Do lado oposto, os distritos do litoral — como Faro, Lisboa, Leiria, Aveiro, Porto e Braga —, mas também Vila Real e Viseu, têm uma maior proporção de trabalhadores quando comparados com os pensionistas. No top 3 aparecem: Albufeira, Lousada e Paços de Ferreira — todos com pouco mais de 30% pensionistas em relação aos trabalhadores.

Entre as causas desta desproporção estão a baixa natalidade, o aumento da esperança média de vida e a desertificação de alguns concelhos do interior. A consequência pode ser uma ameaça à sustentabilidade das pensões como hoje as conhecemos e como um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos alertou.

Pensões. Idade da reforma tem de subir para 69 anos para evitar quebra do sistema

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