Um busto com 3.300 anos do faraó egípcio Tutankamon foi vendido em leilão por mais de 4.7 milhões de libras (cerca de 5.2 milhões de euros), apesar de o Egito afirmar que a peça foi roubada na década de 1970.

A responsável pela venda foi a famosa casa de leilões Christie’s, em Londres e a notícia foi divulgada pela BBC. O Egito já tinha pedido à leiloeira para não vender a escultura. O ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio afirma que a peça terá sido roubada de um templo. Por sua vez, a Christie’s defende que a peça nunca esteve sob investigação e que o Egito nunca se interessou por ela.

A escultura mostra o jovem faraó que morreu com 19 anos a assumir a forma do deus egípcio Amen. A Christie’s divulgou a cronologia do busto, que se crê ter sido adquirido por um aristocrata alemão entre 1973 e 1974. A casa de leilões também lembra que a peça — feita de quartzo e com 28.5 centímetros — estava em exibição há vários anos.

“Percebemos que objetos históricos possam levantar discussões complexas sobre o passado. Mas, hoje, o nosso papel é trabalhar para continuar a oferecer um mercado transparente e legítimo”, escreve a Christie’s em comunicado, citado pelo The Guardian.

O busto de Tutankamon foi adquirido por um comprador anónimo. No momento do leilão, cerca de 20 pessoas fizeram um protesto silencioso à porta da casa de leilões. Exibiram cartazes com a frase “A História do Egipto não está à venda”.

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