A ministra da Saúde, Marta Temido, reconheceu esta terça-feira que as dificuldades que têm afetado as escalas dos serviços de Urgência Pediátrica e Obstetrícia nos hospitais algarvios só deverão estar resolvidas no final do mês de julho.

“A nossa expectativa é de que a partir do final de julho consigamos responder à escala sem dificuldades. Os dias deste fim de semana [13 e 14 de julho] e do próximo fim de semana [20 e 21] são ainda períodos complicados para nós”, admitiu a governante, à margem de uma visita ao Hospital de Faro.

Marta Temido tinha visitado, na manhã de sexta-feira, o Hospital de Portimão, onde este fim de semana a Urgência Pediátrica poderá ficar sem médicos especializados.

“Há dificuldades de composição de escalas, mas não vai haver encerramento de serviços. Haverá a possibilidade de hoje, a partir da tarde, haver falhas nas escalas de Pediatria, o que não é uma certeza absoluta, pois há reuniões que estão a decorrer e podem evitar que isso aconteça”, afirmou a ministra.

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Marta Temido sublinhou que, se isso suceder, continuará a ser assegurada uma “urgência genérica de primeira linha” em Portimão, mas as crianças com necessidade de assistência especializada terão de ser encaminhadas para Faro, à semelhança das grávidas que precisem de cuidados de Ginecologia e Obstetrícia.

“É evidente que é uma situação indesejável. É por isso que estamos a tentar ultrapassá-la e vamos fazer isso nos próximos tempos”, referiu a ministra da Saúde.

Confrontada com a previsibilidade do maior afluxo de turistas no Algarve, devido às férias de verão. a governante ressalvou que a situação “não é a ideal”, desvalorizando um cenário demasiado pessimista. “Essa questão de que vamos ter mais gente e que a situação vai ficar descontrolada não me parece que corresponda à realidade”, frisou.

As “soluções de curto prazo” antecipadas pela ministra da Saúde para resolver estes problemas contemplam o reforço do recurso à prestação de serviços.

Quanto às respostas de médio e longo prazo, prendem-se “com um conjunto de necessidades de reorganização do próprio trabalho médico”, concluiu.