Não sabemos se o Presidente das Filipinas odeia carros desportivos e de luxo, ou se tem um fraquinho por retroescavadoras e outras máquinas de construção civil. Mas sempre que os donos dos primeiros são apanhados a prevaricar, são chamados os segundos para punir exemplarmente os culpados.

Em Março do ano passado, foram 14 os automóveis usados importados ilegalmente que sofreram uma “terraplanagem” na frente às câmaras de televisão e, antes deles, foram 68 os veículos, entre carros e motos, que ficaram com a forma de uma folha de papel. Desta vez, porém, foi apenas um Ferrari 360 Spider a sofrer sob o peso mastodôntico de uma escavadora, o que pode ser indício que, finalmente, a mensagem está a ser assimilada pelos criminosos.

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Ao que parece, o dono deste Ferrari importou o desportivo italiano de outras paragens e, para evitar os pesados impostos do país para este género de produtos, fê-lo a peças isoladas, como se estas se destinassem a reparar um 360 acidentado. A vantagem é óbvia, pois declarar ao fisco dois pára-choques, um motor V8, uma caixa de velocidades, um tejadilho em lona, duas portas e tudo mais que compõe o 360 Spider sai muito mais barato do que declarar um Ferrari completo.

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Filipinas. É isto que acontece a carros importados

Mas a habilidade do condutor esbarrou na mão de ferro com que Rodrigo Duterte, o Presidente do país, castiga os prevaricadores. Apanhado a enganar o fisco, não há multa que o salve. Há apenas uma “conversa” com as lagartas da máquina de construção civil, que invariavelmente sai a ganhar. E se o Ferrari já era baixinho e aerodinâmico, depois do encontro com o Caterpillar quase nem se dava por ele…