Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • A cobertura em direto do Observador ao dia em que a greve dos motoristas de matérias perigosas foi desconvocada fica por aqui. Pode continuar a acompanhar todas as novidades em direto na Rádio Observador e no nosso site.

    Muito obrigada por ter estado connosco.

  • Pardal Henriques explica: "Intransigência" da ANTRAM seria "apresentar uma proposta igual à da FECTRANS"

    A encerrar o dia, o assessor jurídico do SNMMP esteve na SIC para fazer um balanço sobre a decisão de desconvocar a greve este domingo — e o que esperar daqui para a frente.

    Questionado sobre se o grande ponto das negociações desta terça-feira assenta nos 50€ de aumento do subsídio de operações face ao conseguido pela FECTRANS — que o SNMMP terá pedido e que a SIC noticiou ontem —, Pardal Henriques recusou-se a confirmar valores. “Ao estar a adiantar valores estaremos porventura a prejudicar as negociações de terça-feira”, afirmou o dirigente sindical.

    O sindicato diz-se disponível uma vez mais para a mediação proposta pelo Governo, com início esta terça-feira. Para Pardal Henriques, aquilo que o sindicato considerará como “intransigência” por parte da ANTRAM será não ceder mais face ao que já deu à FECTRANS e SIMM. “Instransigência é obrigar ou propor apenas uma proposta igual à que já apresentou à FECTRANS e ao SIMM”, resumiu o advogado. Ou seja, os membros do SNMMP esperam que algum ponto seja melhor do que o conseguido pela negociação dos outros sindicatos, seja em salário-base, horas de trabalho ou o já referido aumento do subsídio de operações.

    “Nós não estamos a ameaçar”, garantiu Pardal Henriques, referindo-se à promessa de que os motoristas voltarão à greve (às horas extraordinárias, fins-de-semana e feriados) caso a ANTRAM seja “intransigente”. “Acreditamos que o que vai acontecer é um processo de negociação. Caso uma das partes não o queira fazer e queira apenas impor condições, iremos analisar quais as medidas a seguir”, prometeu.

  • Os pormenores do plenário que decidiu desconvocar a greve

    Ao Observador, o coordenador sindical da zona Norte, Manuel Mendes, faz o balanço do plenário deste domingo.

    “Não era este o ponto de partida, mas…” A (quase) unanimidade que saiu do plenário dos motoristas

  • António Costa avalia segunda-feira de manhã fim da crise energética

    O primeiro-ministro visita na segunda-feira de manhã a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) para avaliar as condições para declarar o fim da crise energética e convocar o Conselho de Ministros para esse efeito, informou hoje fonte oficial.

    A visita de António Costa à ENSE está agendada para as 08:00, e servirá para “avaliar as condições para declarar fim da crise energética e convocar o Conselho de Ministros eletrónico para o efeito”, segundo a agenda do primeiro-ministro.

    António Costa desloca-se em seguida, às 09:00, ao Comando Conjunto para as Operações Militares do Estado-Maior General das Forças Armadas, em Oeiras, seguindo depois para as instalações do Sistema de Segurança Interna (SIS).

    O Conselho de Ministros declarou no dia 09 de agosto a situação de crise energética, para o período compreendido entre as 23h59 desse dia e as 23h59 de 21 de agosto, para todo o território nacional.

    (Lusa)

  • Marques Mendes: Governo "é o grande vencedor" desta greve e cumpriu "a sua missão com enorme profissionalismo"

    O comentador da SIC e ex-líder do PSD Luís Marques Mendes aproveitou o espaço no seu comentário semanal para elogiar a ação do Governo de António Costa nesta greve: “O grande vencedor é o Governo, goste-se ou não. É factual, é objetivo”, afirmou, acrescentando que não se podem criticar medidas como os serviços mínimos ou a requisição civil. “Em abril, o Governo foi amador. Agora, foi profissional”, acrescentou, referindo a criação de uma “espécie de troika” composta por António Costa (primeiro-ministro), Pedro Nuno Santos (ministro das Infraestruturas) e João Matos Fernandes (ministro do Ambiente).

    “Todos cumpriram a sua missão com enorme profissionalismo”, diz, sobre uma greve que acabou por “dar jeito” ao Executivo. “Deu para mostrar que, além de ser o Governo das contas certas, é o Governo da autoridade.”

    Mas Marques Mendes também tem críticas a fazer ao Executivo de Costa, nomeadamente alguns “exageros” como a notificação de motoristas por parte da GNR à porta de casa. “Não havia necessidade de ter alguns tiques de arrogância e de autoritarismo”, decretou, criticando ainda uma “overdose mediática” promovida pelo Governo.

    Outro dos vencedores apontados pelo comentador da SIC são os próprios camionistas como classe. “Os camionistas ganharam porque dois outros sindicatos (FECTRANS e SIMM) chegaram a acordo com a ANTRAM e com esses acordos os camionistas garantiram bons aumentos salariais”, começou por apontar o antigo líder do PSD, destacando que os aumentos são “justos” e que “a posição de camionista é uma posição duríssima e o país ficou a saber isso”.

    Contudo, o ex-líder do PSD considera que o SNMMP e Pardal Henriques são os principais derrotados desta grave. “O grande objetivo que tinham era parar o país e não conseguiram. O segundo objetivo era conseguirem importantes aumentos salariais, mas os que houve foram por força da FECTRANS e do SIMM. Em terceiro, conseguem agora a mediação, mas é a mesma mediação que recusaram há 15 dias”, aponta.

    “Eles estão a disfarçar a derrota, mas é uma derrota. Estão a salvar a face, mas não deixa de colocar a nu as fragilidades enormes deste sindicato”, diz, apontado a falta de “estratégia”, os “ziguezagues” e o afastamento da opinião pública. “O sindicato sai muito mal neste processo”, sentencia, “e Pardal Henriques é o rosto da derrota.”

  • António Costa reage no Twitter ao fim da greve

  • André Matias de Almeida congratula-se com "recuo" dos motoristas, mas diz que "não há vencedores" neste conflito

    André Matias de Almeida, porta-voz da ANTRAM, congratulou-se com o anúncio da desconvocação da greve. “Queria saudar este passo do sindicato e respeitar esta posição que tiveram, de compreender que é o diálogo que resolve os problemas”, declarou, numa entrevista à CMTV.

    Contudo, considerou que a decisão “está muito longe de ser uma vitória da ANTRAM e uma derrota dos trabalhadores”, porque este “é um conflito laboral que só tem vencidos”.

    Classificando a posição do sindicato como um “recuo” bem-vindo, Matias de Almeida valoriza o avanço para o processo de mediação e garante que o facto de a reunião de dez horas não ter tido resultados não é um sinal desencorajador. “A humildade num processo negocial é reconhecer que não é numa primeira ronda que se tem obrigatoriamente de chegar a um entendimento”, afirmou.

    Quanto à disponibilidade da ANTRAM para ceder às reivindicações do SNMMP, André Matias de Almeida apontou disponibilidade para um acordo semelhante ao que foi alcançado com o SIMM e a FECTRANS. Reconheceu que “os recibos de vencimento destes trabalhadores não são normais quando comparados com os do resto do país, com muitas rubricas”, mas relembrou que as empresas de transporte “perdem há três anos a esta parte”. “Temos de estar adaptados ao paradigma do país”, relembrou, dizendo que não vale a pena chegar a entendimentos que acabam por redundar em “despedimentos coletivos ou empresas que fecham”.

  • Governo confirma reunião na terça-feira no Ministério das Infraestruturas

    O Governo confirmou este domingo, após a desconvocação da greve pelo sindicato de motoristas de matérias perigosas, que irá realizar uma reunião na terça-feira, no Ministério das Infraestruturas e Habitação, em Lisboa.

    “Se [a greve] está desconvocada, a reunião é terça-feira”, disse à Lusa fonte oficial do ministério liderado por Pedro Nuno Santos, sem adiantar mais informação.

    Esta tarde, antes do plenário do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNNMP), em Aveiras de Cima, no qual os trabalhadores decidiram desconvocar a greve, o Ministério das Infraestruturas já tinha admitido uma eventual reunião, fazendo depender o encontro do fim da greve.

    “Caso o plenário do sindicato desconvoque a greve, a reunião no Ministério das Infraestruturas e Habitação, terça-feira, pelas 16:00, está confirmada”, referiu a mesma fonte.

    (Lusa)

  • O anúncio dos responsáveis do SNMMP foi aplaudido pelos vários motoristas de matérias perigosas presentes. No local, foi pendurada uma bandeira do Sindicato à janela, como mostra a Catarina Jorge.

  • Sindicato volta às negociações, mas ameaça com greve às horas extraordinárias se patrões forem "intransigentes"

    Francisco São Bento, o presidente do SNMMP, explica agora que a greve vai ser desconvocada, mas que poderá voltar a ser convocada greve “às horas extraordinárias, fins-de-semana e feriados”, no caso de a ANTRAM “demonstrar uma postura intransigente na reunião” de terça-feira. Este é o comunicado lido pelo representante sindical:

    “Os associados do SNMMP deliberam:

    1- Desconvocar a greve que teve início no passado dia 12 de agosto;

    2 – Caso a ANTRAM demonstre uma postura intransigente na reunião, mandatar o SNMMP a tomar todas as ações adequadas à defesa dos motoristas de matérias perigosas, incluindo o recurso à medida mais penalizante, nomeadamente a convocação de greves às horas extraordinárias, fins-de-semana e feriados.”

    Questionado pelos jornalistas sobre se esta decisão não é “um passo atrás”, São Bento diz que é sim “um passo em frente, porque é um passo necessário para avançar”. Os responsáveis dos motoristas não fazem mais comentários.

  • Pardal Henriques anuncia que greve vai ser desconvocada

    “Tendo em conta que estão reunidas as condições para podermos negociar com a ANTRAM e com o Governo, foi deliberado aqui no nosso plenário desconvocar a greve”, anuncia Pardal Henriques.

    O sindicato, contudo, diz ter alguns pontos a acrescentar.

  • Plenário está a terminar

    Em Aveiras há sinais de que o plenário poderá estar a chegar ao fim. A jornalista do Observador no local, Catarina Jorge, relata que os motoristas gritam “Nem um passo atrás!”, o mesmo lema com que terminaram a reunião da semana passada.

    A maioria reúne-se à porta da junta de freguesia. Os responsáveis do sindicato, contudo, continuarão dentro do edifício.

  • 'Stocks' de combustíveis "mantêm-se estáveis e elevados"

    Os ‘stocks’ de gasóleo e gasolina “mantêm-se estáveis e elevados” hoje, apesar de ser altura de mudança de quinzena, em que há um aumento significativo do consumo, indicou hoje o Ministério do Ambiente e da Transição Energética.

    Numa nota sobre o ponto de situação às 17:00 sobre a crise energética, o Ministério liderado por Matos Fernandes informa que a Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA) não exclusiva apresentava ‘stocks’ de gasóleo de 60,86% e 43,53% de gasolina.

    Já a rede REPA exclusiva apresentava à mesma hora níveis de preenchimento de ‘stocks’ de 60,9% de gasóleo e de e 91,46% de gasolina. “Ao longo do dia de hoje, domingo, 18 de agosto, como estava previsto, não houve cargas, com exceção do abastecimento dos aeroportos Humberto Delgado e de Faro”, acrescenta o Ministério.

    Os serviços de abastecimento nos aeroportos foram os previstos, tendo sido mobilizadas quatro equipas das Forças Armadas para abastecer o aeroporto Humberto Delgado.

    (Lusa)

  • PSD questiona Governo sobre uso de militares “em substituição de grevistas”

    O PSD questionou este domingo o Governo sobre o emprego de militares das Forças Armadas “em substituição de grevistas” na distribuição de combustíveis, no âmbito da greve dos motoristas de transportes de matérias perigosas, que decorre há sete dias.

    “Têm os senhores primeiro-ministro e ministro da Defesa um conhecimento, distinto da generalidade dos portugueses, de uma eventual Declaração do Estado de Sítio ou do Estado de Emergência, nos termos constitucionais e legais, que justifiquem o emprego de militares das Forças Armadas em substituição dos grevistas na distribuição de combustíveis?”, questiona o deputado Pedro Roque.

    Na pergunta enviada através do presidente da Assembleia da República, o também coordenador do Grupo Parlamentar do PSD na Comissão de Defesa Nacional frisa que, “não existindo qualquer Declaração do Estado de Sítio ou do Estado de Emergência”, como é que António Costa e João Gomes Cravinho “justificam o emprego de militares das Forças Armadas na substituição de grevistas?”.

    Pedro Roque diz que “não se põe em causa a necessidade” dos serviços mínimos decretados pelo Governo “nem tão pouco se pretende entrar no debate se houve ou não excessos na sua determinação, bem como na requisição civil subsequente”.

    “Porém, o emprego de militares das Forças Armadas já parece de muito duvidosa legitimidade, tendo em conta o facto de a Constituição da República Portuguesa ser taxativa quanto ao papel a desempenhar pelas Forças Armadas e que é necessariamente diferente das forças de segurança”, vinca o deputado do PSD.

    Pedro Roque entende que, “apesar de estarem fortemente interligados os conceitos de ‘Segurança’ e de ‘Defesa’, merecem clara destrinça no quadro constitucional”. De acordo com o artigo 275.º da Constituição da República, “às Forças Armadas incumbe a defesa militar da República” e, de acordo com o artigo 273.º, “contra ameaças externas”, recorda.

    “Ora, deste preceito constitucional resulta que, o emprego das Forças Armadas no plano interno, em complemento das forças de segurança, só é possível com a declaração dos Estados de Sítio e de Emergência mas que ‘só podem ser declarados nos casos de agressão efetiva ou iminente por forças estrangeiras, de grave ameaça ou perturbação da ordem constitucional democrática ou de calamidade pública’ (Art. 1.º da Lei n.º 44/86 de 30 de Setembro). Nenhuma destas situações parece manifestamente existir entre nós”, defende o deputado do PSD.

    (Lusa)

  • Pardal Henriques chega ao plenário, mas só fala no fim. "Primeiro falamos com os sócios"

    O vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, Pedro Pardal Henriques, que tem sido o principal rosto da greve, acabou de chegar à Junta de Freguesia de Aveiras de Cima, onde vai decorrer o plenário agendado para esta tarde.

    À entrada, recusou falar aos jornalistas, deixando as declarações para o final: “Os nossos sócios merecem todo o respeito do mundo. Primeiro falamos com os sócios, depois falamos com os restantes portugueses”.

    O presidente do sindicato, Francisco São Bento, também já chegou ao local do plenário.

  • "O Governo sempre teve culpa nesta situação"

    O coordenador da zona Norte do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, Manuel Mendes, foi de Guimarães até Aveiras de Cima para o plenário. É um dos primeiros a chegar e, à entrada da Junta de Freguesia de Aveiras de Cima, disse aos jornalistas que o Governo “sempre teve culpa nesta situação”. Foi o Governo “que deixou ir longe demais as coisas” e “deveria ter tomado outras medidas, muito antes, até antes da grave”, assinalou Manuel Mendes.

    Questionado sobre o que irá ocorrer no plenário agendado para daqui a 15 minutos, Manuel Mendes não acrescentou muitos detalhes. “Vamos reunir, vamos conversar, ver qual o ponto da situação, aquilo que foi falado com o Governo, e a partir daí iremos tomar uma decisão”, afirmou o responsável do sindicato a Norte.

    Sobre se a greve vai continuar ou se será desconvocada hoje, Manuel Mendes assegurou que na sua opinião a greve deverá durar “até que haja um acordo”. Porém, o plenário deverá contar com muitas ausências, sobretudo entre os motoristas que vivem mais longe da região de Lisboa. “Nós tivemos uma semana dura. Muita gente, uns porque trabalharam, outros porque estiveram na greve. Hoje é domingo e querem estar com as famílias. Não é toda a gente que se dispõe a vir mais um dia, e há hipótese de nós continuarmos ainda na greve. Todos temos famílias e queremos estar com a família”, disse.

  • Para já, ninguém no local do plenário — motoristas estão a almoçar

    Neste momento, a menos de uma hora do arranque do plenário dos motoristas, a Junta de Freguesia de Aveiras de Cima — local escolhido para a reunião — continua vazia, como relata a jornalista do Observador Catarina Jorge a partir do local. Também na Companhia Logística de Combustíveis, o local onde tem estado instalado o piquete de greve, não está nenhum motorista — apenas os militares da GNR. Isto porque grande parte dos motoristas estão a almoçar num restaurante perto da CLC, de onde vão seguir juntos para o plenário.

  • Reunião entre patrões e sindicato acontece na terça-feira às 16h se a greve for desconvocada

    Fonte do Governo confirmou ao Observador que, se o plenário dos motoristas deste domingo optar por desconvocar a greve, a reunião entre o sindicato e os patrões, mediada pelo Governo, acontecerá já na terça-feira, pelas 16h, nas instalações do Ministério das Infraestruturas e Habitação.

  • Governo preparado para mediar reunião já na segunda-feira se o sindicato desistir da greve

    Sobre o conflito na origem da greve, o ministro do Ambiente sublinhou que o comunicado da ANTRAM de sábado relativo à aceitação da mediação por parte do Governo em caso de suspensão da greve “é um bom sinal”, porque “deixa claríssima a disponibilidade para negociar aceitando a mediação oferecida pelo Governo”.

    “A forte expectativa que o Governo tem é de que logo à tarde no plenário haja condições para desconvocar a greve, para que se inicie este processo de mediação que foi oferecido pelo Governo, procurando neste processo uma outra forma de defender os legítimos interesses dos seus trabalhadores, através da negociação mediada pelo Governo, que permite um papel mais interventivo do próprio Governo”, afirmou Matos Fernandes.

    Questionado sobre se já há uma reunião agendada entre as duas partes com a mediação do Governo, o ministro disse que ainda não há nada oficialmente previsto, mas acrescentou que se “o plenário desistir da greve, essa reunião será marcada imediatamente” — e pode ser “já amanhã, segunda-feira”.

    “Temos toda a disponibilidade para o fazer, o mais rápido possível”, assegurou Matos Fernandes, acrescentando que “a verdadeira mediação, no sentido próprio do terno, ainda não se iniciou”. Só quando as partes se sentarem à mesa com o Governo no meio é que o processo de inicia — e tal só ocorrerá “quando a greve for desconvocada”.

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