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  • Guia para não se perder na confusão do Brexit

    E para não se perder, aqui fica um guia que conta o que aconteceu esta quarta-feira e analisa o que pode vir a acontecer nos próximos dias.

    O que aconteceu e o que pode acontecer. Guia para não se perder na confusão do Brexit

    A cobertura do Observador sobre mais um dia no Parlamento britânico fica por aqui. Obrigada por ter estado connosco.

  • Segundo round na segunda-feira?

    A jornalista da Sky News Kate McCann ouviu com atenção as palavras do primeiro-ministro e crê que uma referência feita para que Labour “pense bem na sua posição nos próximos dias” pode ser interpretada da seguinte forma: se na segunda-feira a proposta de lei Benn já tiver sido aprovada pelos Lordes, os trabalhistas já não têm razão para rejeitar uma eleição e, por isso, Boris pode voltar a tentar.

  • Boris: "A conclusão óbvia é que Corbyn acha que não vai ganhar"

    Boris Johnson reage agora ao resultado. “Este é o primeiro líder da oposição na História democrática do nosso país a rejeitar o convite para uma eleição”, diz o PM, provocando risos. “Só posso adivinhar as razões da sua decisão: a conclusão óbvia é que acha que não irá ganhar.”

    E lança uma provocação: “Isto significa que a oposição tem confiança no Governo de Sua Majestade.”

  • Proposta de eleições não avança. Só 298 votam a favor

    Eram precisos 434, mas apenas 298 deputados votaram a favor. 56 votaram contra, indicando que os trabalhistas se abstiveram.

  • Terminou o debate. Os deputados votam agora sobre a possibilidade de eleições antecipadas.

  • Eleições marcadas hoje? É pouco provável. Isso significa que não haverá eleições antecipadas? Não necessariamente

    O debate prossegue, com vários líderes parlamentares e deputados a intervirem. A votação deverá ocorrer daqui a cerca de uma hora — mas já sabemos, pelo que disse o líder trabalhista, é que o mais provável é a moção não ser aprovada.

    Isso não significa, contudo, que não possam vir a ser convocadas eleições noutra altura — como na segunda-feira, último dia em que o Parlamento se reúne — ou em outubro, quando for aberta uma nova sessão. Para o Labour, é preciso garantir que a proposta de lei Benn é aprovada na Câmara dos Lordes e se torna lei efetiva, para evitar um no deal. Depois disso, o mais provável é arranjar forma de ir a eleições.

  • Deputado mais antigo da Câmara: "Com todo o respeito, o PM tem uma capacidade tremenda de manter a cara séria quando está a ser desonesto"

    Kenneth Clark, o chamado “pai da Câmara” — ou seja, o deputado que é deputado há mais tempo — está agora a falar. A sua intervenção é particularmente relevante porque foi ontem expulso do partido por ter votado a favor da proposta de lei para adiar o Brexit.

    E aproveita para criticar Boris Johnson: “Com todo o respeito, o primeiro-ministro tem uma capacidade tremenda de manter a cara séria quando está a ser desonesto”, atira.

  • Corbyn: pedido de Boris "é uma jogada cínica de um primeiro-ministro cínico"

    “Os Lordes apresentaram 92 emendas. Não acredito que é por vontade de alterar a lei, mas sim que é uma tática dilatória”, avisa.

    E sugere: “Se tem uma política para o Brexit, deve apresentá-la ao público com um referendo ou com uma eleição. Mas primeiro tem de ir a Bruxelas amanhã.”

    “Anseio pelo dia em que o seu Governo, o seu partido e a sua política de austeridade que trouxe a miséria a este país saia do cargo”, atirou o líder trabalhista. Mas esta convocatória de eleições, reforçou, “é uma jogada cínica de um primeiro-ministro cínico”, a fim de “conseguir uma saída sem acordo”.

  • Corbyn diz que quer eleições mas proposta de PM "é uma maçã envenenada"

    “É a segunda vez que respondo a um PM conservador que quer dissolver a Câmara por não ter uma política para o Brexit sólida”, lembra o líder da oposição. Mas deixa um elogio a Theresa May: “Ela pelo menos tinha discursos detalhados a explicar a sua posição para o Brexit.”

    A posição do Governo, diz, “é um mistério e é como as roupas do Rei [que vai nu]” — ou seja, ninguém as vê.

    “Queremos uma eleição porque queremos atirar este Governo borda fora”, garante Corbyn. “Mas a oferta de eleições hoje é um pouco como a maçã envenenada oferecida pela Rainha, porque é o veneno de um no deal e não uma oferta de eleições.”

  • O primeiro-ministro coloca assim a bola do lado da oposição: “Tem de decidir”, diz. “Recomendo esta moção à Câmara”, termina.

    Corbyn prepara-se agora para responder.

  • Boris propõe moção para eleições antecipadas a 15 de outubro

    “Toda a gente sabe que se eu for primeiro-ministro irei a Bruxelas arranjar um acordo — e toda a gente sabe que o conseguiria fazer”, atira o primeiro-ministro.

    “É completamente impossível o Governo funcionar se a Câmara dos Comuns não aprova as propostas do Governo. Do meu ponto de vista deve haver eleições a 15 de outubro.”

    E acrescenta: “Acho muito triste que os deputados tenham votado assim. Mas se ainda for PM a 17 de outubro, sairemos da UE a 31 de outubro”, prometeu.

  • Boris Johnson: "Lei está desenhada para reverter a maior votação democrática"

    O primeiro-ministro diz que a proposta de lei aprovada “está desenhada para reverter a maior votação democrática” da História do Reino Unido.

    O início do discurso onde Boris deverá pedir eleições não contou com a presença de Jeremy Corbyn, que chegou atrasado — o que não escapou ao olhar do PM, que notou isso mesmo.

  • Boris Johnson reage agora à votação — e deverá preparar-se para propor eleições antecipadas.

  • Proposta para adiar Brexit até 31 de janeiro é aprovada

    Proposta de lei para adiar o Brexit é aprovada.

    Sim – 327

    Não – 299

  • Acordo de May afinal pode mesmo vir a ser votado uma quarta vez

    A situação está mesmo, mesmo complicada.

    Ora então, de acordo com os jornalistas britânicos, ao que tudo indica a emenda 6, a emenda Kinnock, acabou por ser aprovada por não haver ninguém disponível para contar os votos do ‘Não’. Ora esta emenda prevê que, ao pedir um adiamento do Brexit, o primeiro-ministro passa a ter de propor uma versão do acordo de Theresa May ao Parlamento — uma vez mais —, porque isso estava previsto nas negociações transpartidárias entre May e Corbyn que não chegaram a ser votadas.

    Ou seja, na prática, o acordo de May pode voltar a ser votado uma quarta vez. O editor de política do The Sun, james Forsyth, diz que vivemos “tempos estranhos” aqueles em que o acordo de May pode ir mais longe com ela fora do Governo do que dentro.

    Ninguém sabe ainda se foi um erro ou se houve algum tipo de jogada parlamentar para conseguir este resultado, já que cabe ao Governo nomear deputados para fazer a contagem dos votos nas duas salas do ‘Sim’ e do ‘Não’.

  • O presidente da Câmara, John Bercow, anuncia agora que irá ser votada a proposta de lei na sua totalidade.

  • Grande confusão nos Comuns

    Uma já está, venha a próxima. Os deputados debatem agora a emenda 6, que prevê que qualquer adiamento do Brexit inclua as promessas que a antiga primeira-ministra Theresa May fez ao Labour e que nunca chegaram a ser votadas porque May se demitiu entretanto.

    São propostas relacionadas com proteção de imigrantes e de direitos laborais, bem como esforços relacionados com questões ambientais, com que o Reino Unido se compromete.

    Mas houve grande confusão e a votação foi cancelada. Segundo a BBC, o que aconteceu é que nenhum deputado se ofereceu para contar os votos para o ‘Não’ e, portanto, ao que tudo indica o ‘Sim’ ganhou de forma automática. Esta situação, contudo, não é clara — esclareceremos o que se passou assim que possível.

  • Emenda para votar novamente acordo de May é derrotada de forma esmagadora

    A demora em anunciar este resultado pode ter-se devido às complicações logísticas nos lobbies de votação. É que o resultado foi esmagador: 495 votaram contra a proposta, apenas 65 a favor. O Parlamento deixa claro que não quer o acordo de Theresa May.

  • Emenda para nova votação a acordo de Theresa May vai a votos

    Os deputados votam agora a primeira emenda, a emenda 19, proposta pelo conservador Richard Graham.

    Em causa está a proposta de, até ao dia 19 de outubro, ser votado um acordo para o Brexit — seja um apresentado pelo Governo seja, em alternativa, o acordo conseguido por Theresa May. Este acordo, por sinal, já foi chumbado três vezes pelo Parlamento.

  • Governo não propõe emendas à proposta Benn

    Stephen Barclay, ministro para o Brexit, faz a última defesa da posição do Governo sobre este tema.

    “Esta é uma proposta de lei com falhas”, sentencia. Tantas que o Executivo decidiu não propor qualquer emenda.

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