Os juízes franceses responsáveis pela investigação dos atentados de 13 de novembro de 2015, que mataram 130 pessoas nas cidades de Paris e Saint-Denis, terminaram a investigação, disse esta segunda-feira uma fonte judicial.

Quatro anos após os ataques mais mortais da onda de atentados jihadistas em França, os magistrados anunciaram esta segunda-feira que vão fechar a investigação judicial, abrindo um período de um mês para observações das partes e para requisições do Ministério Público francês antes de uma decisão final dos juízes sobre a realização de um julgamento.

Um total de 14 pessoas, incluindo 11 em prisão preventiva, estiveram em investigação, sendo que o julgamento não deverá começar antes de 2020.

Só um dos jihadistas que realizaram os ataques está vivo, Salah Abdeslam, estando atualmente preso em França, depois de ter estado três anos e meio detido na Bélgica. Cinco outros suspeitos, que poderão ter morrido na Síria ou no Iraque, são alvo de mandados de prisão.

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Em 13 de novembro de 2015, nove homens atacaram a capital francesa e Saint-Denis (região de Paris) nos arredores do Stade de France, terraços de restaurantes e a sala de concertos Bataclan em Paris, matando 130 pessoas e ferindo mais de 350.

Na altura, a França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.

As investigações descobriram uma célula jihadista muito maior detrás desses ataques, reivindicada pela organização Estado Islâmico (EI), com ramificações em toda a Europa, principalmente na Bélgica. Em 22 de março de 2016, a mesma organização também atacou o aeroporto e metropolitano de Bruxelas, matando 32 pessoas.