Já há cinco candidatos à liderança do CDS e, por enquanto, só não são seis porque Nuno Melo é eurodeputado pelo CDS no Parlamento Europeu. Quem o garante é Nuno Melo, em entrevista ao jornal i (edição impressa): “Não serei candidato. E digo-lhe com toda a franqueza: não serei candidato porque sou deputado ao Parlamento Europeu e garanto-lhe que já teria apresentado uma candidatura se fosse deputado à Assembleia da República“, disse Nuno Melo.

O eurodeputado recorda que em janeiro o partido terá um congresso e não um conselho nacional. A diferença? O congresso é à porta aberta e tudo o que se passar terá repercussões maiores considerando que é “um grande espaço de discussão, mas também um grande espaço mediático”.

Em jeito de alerta Nuno Melo diz que “se o congresso for fundamentalmente conflituoso” poderá haver uma “disputa e um resultado e, no final, uma franja do partido alheada” isto porque, considera o eurodeputado, as disputas internas no partido “são tradicionalmente muito difíceis”.

Nuno Melo e Telmo Correia são os primeiros subscritores da moção “Direita Autêntica” que será levada ao congresso de janeiro e quer criar bases de entendimento para acautelar a coesão interna do partido.

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Nuno Melo formaliza moção por um CDS mais “conservador”

Cecília Meireles vai votar em João Almeida

A líder parlamentar do CDS anunciou na quarta-feira o seu apoio a João Almeida, um dos colegas de bancada na Assembleia da República. A democrata-cristã revelou o sentido de voto durante o programa Circulatura do Quadrado, onde esteve como convidada, justificando-o com a necessidade para o partido de ter uma pessoa “com experiência” na liderança.

“Sou uma pessoa bastante pão pão queijo queijo. Não gosto de fazer mistérios à voltas das coisas. Eu vou votar no João Almeida, porque acho que neste momento o CDS precisa de uma pessoa com experiência e credibilidade”, esclareceu a deputada.

Cecília Meireles reconheceu ainda a João Almeida “carisma” e “fidelidade doutrinária e à matriz” do partido — para justificar a sua opção entre os cinco candidatos à liderança do CDS — e que o partido “teve momentos em que se dispersou por muitas coisas e tornou pouco claro ao eleitorado qual era a sua utilidade e o que o distinguia dos outros partidos”.

Além de João Almeida, atual porta-voz do partido, são candidatos à liderança do CDS Francisco Rodrigues dos Santos, líder da juventude do partido; Filipe Lobo d’Ávila, ex-deputado e líder do grupo Juntos pelo Futuro; Abel Matos Santos, porta-voz da corrente interna Tendência Esperança em Movimento; Carlos Meira, ex-líder da concelhia de Viana do Castelo.