O ano novo já chegou à Nova Zelândia. Os neozelandeses entraram em 2020 às 11h de Portugal continental, uma hora depois de os habitantes de Tonga, Samoa e Quiribati terem festejado o início de mais um ano. São a estas pequenas ilhas do Pacífico, onde vivem ao todo menos de 400 mil pessoas, que o ano novo chega primeiro. Porém, na vizinha Samoa Americana, que faz parte dos Estados Unidos da América, 2020 só chegará às 11h do dia 1 de janeiro.
Para a ocasião, as cidades de Auckland e Wellington prepararam, como é já habitual, grandes celebrações. Na primeira, a Sky Tower, que tem mais de 300 metros de altura, e o Viaduct Harbour iluminaram-se com fogo de artifício, que reuniu dezenas de milhares de pessoas.
Uma hora depois, pelas 12h, foi a vez de uma parte da Rússia festejar o ano novo.
13h: Comemorações na Austrália afetadas por incêndios
Grande parte da Austrália, país que tem vivido tempos difíceis devido aos incêndios florestais que devastam a zona sudeste, entrou em 2020 pelas 13h. Apesar de o fogo de artifício ter sido proibido em 11 zonas do estado de Nova Gales do Sul, incluindo na de Sydney, nesta segunda-feira devido aos fogos, os bombeiros acabaram por abrir uma exceção para a cidade. Melbourne, que fica no estado de Victoria, também afetado pelos incêndios, decidiu manter o fogo de artifício planeado para a noite desta terça-feira
O habitual espetáculo na baía de Sydney, que reuniu cerca de um milhão de pessoas, custou cerca de 3 milhões de euros. Apesar de ter sido noticiado que as comemorações teriam de ser adiadas por alguns minutos devido ao vento forte que se faz sentir, isso acabou por não acontecer. O mau tempo levou o Serviço de Meteorologia australiano a lançar um alerta e a pedir precaução, noticiou a ABC Austrália.
15h: Japão vai entrar no novo ano ao som dos sinos dos templos budistas
Os japoneses entraram em 2020 pelas 15h, ao som dos sinos dos templos budistas. Milhões de pessoas deverão deslocar-se aos tempos e santuários nos próximos três dias para rezar e pedir felicidade e prosperidade para o novo ano que agora começa. Na Coreia do Sul, também já se comemora 2020.
16h: fogo de artifício cancelado em Hong Kong enquanto manifestantes defendem luta pela democracia
Uma hora depois, em Hong Kong, o ano novo foi recebido com protestos, planeados para vários locais, como o bairro de Lan Kwai Fong, o porto Victoria e os centros comerciais mais populares. De acordo com a Reuters, centenas de manifestantes formaram um cordão humano e bloquearam as principais estradas de Hong Kong, apelando à população para que lute pela democracia. Pelo menos um homem foi detido.
Na Nathan Road, uma importante artéria na península de Kowloon, um cordão humano de vários quilómetros impediu a circulação de carros e autocarros, com os condutores a buzinarem em sinal de apoio, relata a Reuters. Muitos dos manifestantes, protegidos atrás de barricadas ou escondidos atrás de guarda-chuvas, tinham cartazes que diziam “Vamos continuar a lutar juntos em 2020”.
A situação conturbada que se vive na região levou a que as autoridades cancelassem o espetáculo de fogo de artificio pela primeira vez numa década devido a preocupações com a segurança da população. O fogo foi substituído por um espetáculo de projeções, “Symphony of Lights”, nos edifícios mais altos da cidade. Segundo informações disponibilizadas pelo gabinete de turismo de Hong Kong, esta “versão melhorada” de um dos maiores espetáculos de música e som do mundo arrancará com a contagem decrescente à meia-noite. Nessa altura, um relógio gigante apareceu na fachada do centro de convenções de Hong Kong (HKCEC). Efeitos luminosos e visuais foram depois ativados, iluminando os prédios junto ao porto.
As manifestações da véspera de ano novo irão entender-se até quarta-feira. Foi autorizada pela polícia uma marcha pró-democracia que vai começar num grande parque da movimentada Causeway Bay e terminar no principal bairro comercial.
Foi também às 16h que Taiwan entrou em 2020. Na capital, Taipei, foi planeado um espetáculo de fogo de artifício lançado de um edifício de 100 andares, um dos mais altos do mundo, com 509 metros de altura. Com uma duração de 300 segundos, o espetáculo irá combinar fogo de artificio com animações, projetadas numa parede composta por 140 mil LEDs construída numa das fachadas do prédio.
00h00: em Londres, festejos serão centrados junto ao rio Tamisa
O Reino Unido, que vai entrar em 2020 à mesma hora que Lisboa, irá concentrar as celebrações na cidade de Londres, com 12 mil fogos de artifício, incluindo dois mil disparados feitos a partir do London Eye, no rio Tamisa, e dos carrilhões do Big Ben. A polícia pediu para que, quem não tem bilhete para assistir aos festejos perto do rio, que se mantenha longe do local, em casa ou noutra zona da cidade. Os bilhetes para o evento estão esgotados, noticia o The Guardian, com mais de 100 mil entradas vendidas.