Um homem indonésio de 36 anos foi esta segunda-feira condenado no Reino Unido a uma pena de prisão perpétua por 159 crimes sexuais, incluindo 136 violações, noticia a BBC.

Reynhard Sinaga foi considerado pelo tribunal culpado de ter levado pelo menos 48 homens para o seu apartamento na cidade britânica de Manchester, depois de os atrair e drogar em discotecas e bares da cidade.

Sinaga filmou todos os crimes e, segundo a polícia, terá tentado cometer crimes com pelo menos 190 vítimas — o que levou a Procuradoria-Geral britânica a descrever o homem como “o mais prolífico violador da história jurídica britânica”.

De acordo com a BBC, Reynhard Sinaga terá de passar pelo menos 30 anos na prisão antes de a justiça britânica poder avaliar uma possível saída antecipada.

O homem já tinha sido julgado e condenado, no ano passado, por crimes semelhantes, e estava neste momento a cumprir pena de prisão. Mas, pela primeira vez, a justiça britânica permitiu que o homem fosse identificado pelos meios de comunicação social.

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A juíza que julgou o caso considerou Reynhard Sinaga, de acordo com a BBC, como um “predador sexual em série” que “nunca estará preparado para ser posto em liberdade“.

De acordo com a estação pública britânica, Reynhard Sinaga esperava habitualmente à saída de discotecas e bares pelos jovens que saíam e oferecia-se para lhes chamar um táxi ou para os levar a algum lugar onde pudessem beber uma bebida juntos.

Depois, drogava-os e violava-os enquanto os homens estavam adormecidos no seu apartamento. Quando as vítimas acordavam, não tinham memória de terem sofrido a violação. Porém, a acusação conseguiu provar os crimes uma vez que Reynhard Sinaga filmava todos os atos sexuais.

A defesa do indonésio alegou que todos os atos sexuais foram consentidos e que todas as vítimas concordaram em ser filmadas e em fingir que dormiam durante as relações sexuais — uma justificação que não convenceu o tribunal.

Devido à droga utilizada, a maioria das vítimas não soube dos crimes que sofreu até a polícia os contactar depois de os identificar nos vídeos.

Os crimes foram cometidos ao longo de vários anos até 2017 — ano em que uma das vítimas acordou enquanto sofria uma violação, lutou contra Reynhard Sinaga e chamou a polícia. Sinaga reside no Reino Unido desde 2007, ano em que começou a estudar naquele país.

As autoridades descobriram no telemóvel centenas de horas de gravações de crimes, que estiveram depois na origem da maior investigação a crimes sexuais na história britânica, segundo a BBC.