O número de vítimas mortais devido às fortes chuvas que atingem desde quinta-feira o estado brasileiro de Minas Gerais (sudeste), aumentou este sábado para 14, principalmente por deslizamentos de terra, segundo os bombeiros regionais.

Segundo o último boletim do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o segundo estado mais populoso do Brasil, além das 14 vítimas mortais, outras 16 pessoas foram declaradas desaparecidas, sete foram hospitalizadas com ferimentos, cerca de 2.590 tiveram que deixar as suas casas e estão deslocadas em residências de familiares ou amigos, e 911 cidadãos foram acomodados em abrigos.

Segundo o comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Edgar Estevo, Belo Horizonte foi o município com maior número de vítimas mortais, mas as chuvas também fizeram mortos nas localidades de Ibirité e Betim.

Pelo menos 36 municípios de Minas Gerais registaram inundações ou deslizamentos de terra devido ao forte temporal.

As primeiras vítimas mortais foram uma mulher e os seus dois filhos, um com seis anos e outro com seis meses de idade, que morreram soterrados na sexta-feira após um deslizamento de terra ter destruído a casa em que habitavam em Ibirité, município da região metropolitana de Belo Horizonte.

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Contudo, o temporal intensificou-se na noite de sexta-feira e na manhã deste sábado houve novos deslizamentos de terra, um dos quais matou duas pessoas no bairro de Vila Bernadete, e onde continuam as buscas por vários desaparecidos em seis habitações atingidas.

Decorrem também buscas por pessoas desaparecidas nos bairros Jardim Alvorada, em Belo Horizonte, e Duque de Caxias, em Betim.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) do Brasil, Belo Horizonte registou na sexta-feira o dia mais chuvoso da sua história, tendo em conta os 110 anos em que são feitas as medições, com 171,8 milímetros de água acumulados em 24 horas.

Além das inundações e deslizamentos de terra, o temporal em Belo Horizonte e na sua região metropolitana fizeram rios transbordar, causaram a queda de árvores e postes de energia elétrica, e o colapso de um prédio em construção.

A prefeitura, depois de declarar estado de emergência, suspendeu as atividades nas escolas municipais e orientou faculdades e universidades privadas a adotarem o mesmo procedimento.

No fim de semana passado, sete pessoas morreram, duas ficaram feridas e uma continua desaparecida devido às fortes chuvas que atingiram o estado vizinho do Espírito Santo, também no sudeste do Brasil, e que desalojaram mais de 3.000 pessoas.