Quando o tema é veículos potentes, com estética apaixonante e uma eficácia a toda a prova, a Lamborghini lidera destacada. Mas o construtor italiano, de Sant’Agata Bolognese, a apenas 24 km de Modena, o berço da Ferrari, não vai produzir tão depressa os seus elegantes e agressivos Aventador, Huracán e Urus, uma vez que decidiu fechar a sua única fábrica, para proteger os seus funcionários do coronavírus.

A Itália é o país europeu que mais sofre com esta pandemia originada na China, daí que não haja instalação fabril ou comercial, dedicada ao automóvel, que não tenha já encerrado ou esteja em vias de encerrar. Havia, contudo, uma corrida muito curiosa, em que permanecia a dúvida sobre quem dos dois eternos rivais iria encerrar primeiro, se a Ferrari ou a Lamborghini. A Lamborghini cedeu primeiro, o que neste caso foi uma virtude, pois é, acima de tudo, um sinal de responsabilidade.

A fábrica de Sant’Agata Bolognese registou uma série de casos de coronavírus, o que justifica o encerramento até 25 de Março, sendo de esperar que a suspensão da produção continue depois dessa data. “Continuaremos a monitorizar a situação, de forma a reagir rapidamente e retomar a produção no momento ideal”, declarou o CEO da marca, Stefano Domenicali, à Bloomberg.

Para um construtor em que a esmagadora maioria dos clientes exige especificações especiais que obrigam a uma fabricação sob medida, o que motiva uma espera de vários meses, esta situação não deverá beliscar a vontade dos clientes em receber o novo Lamborghini, pois nestas circunstâncias são justificáveis (e compreensíveis) atrasos adicionais.

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