Depois de dois meses a tentar conter o surto de países como a China, a região de Hong Kong, Singapura e Taiwan estão agora a preparar a reintrodução de medidas para conter uma nova vaga de casos da doença. Como noticia a Reuters, o aumento do número de infetados devido a pessoas que chegaram de países europeus, americanos e do Médio Oriente está a alertar as autoridades.

Assim, Hong Kong, Singapura e Taiwan implementaram medidas bastante restritivas de movimentos para dentro e fora destes locais para evitar o surto. Contudo, como afirmou a líder de Hong Kong, Carrie Lam, esta terça-feira, “em muitos países, o número de casos confirmados pode ser descrito como explosivo”.

Se não adotarmos medidas rígidas … Receio que todos os esforços de precaução realizados nos últimos dois meses sejam em vão”, diz Carrie Lam.

Na China, o epicentro original desta pandemia, o número de casos confirmados diários tem sido cada vez menor. Contudo, de acordo com os números revelados pelas autoridades, dos 21 casos confirmados esta segunda-feira, 20 tiveram como origem chineses que estavam a regressar ao país. No caso de Tawian, os novos 24 casos desta terça-feira foram todos “importados”, refere a mesma agência.

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Preços das passagens aéreas para Hong Kong disparam e há multas de 30 mil euros

A fuga de pessoas de países cada vez mais afetados na Europa e nos Estados Unidos levou a um aumento abrupto do preço das viagens para Hong Kong. Na noite desta segunda-feira, um bilhete de avião de Londres para esta região custava mais de 5.800 euros devido a cidadãos chineses que tentam fugir às medidas que vão ser implementadas no Reino Unido.

Na China, Hong Kong, Singapura e Taiwan as medidas implementadas foram semelhantes às que se começam a implementar na União Europeia: fecho de cidades, controlo de fronteiras e imposição de regras de distanciamento social.

Mantivemo-nos firmes para bloquear a primeira onda de infeção, mas uma nova onda está a chegar e, por isso, todos devem cooperar com os esforços de prevenção de doenças”, disse o ministro da Saúde de Taiwan, Chen Shih-chung, numa entrevista esta segunda-feira.

Desde a semana passada que Hong Kong obriga todos os passageiros que chegam a ficar em quarentena durante 14 dias. Em Macau, outra região com poderes administrativos como Hong Kong, só podem entrar residentes. No caso de Taiwan, quem não cumprir as regras de isolamento social em casa pode ter de pagar até cerca de 30 mil euros de multa.