O presidente da Cofina, Paulo Fernandes, disse esta segunda-feira que as receitas do grupo dono do Correio da Manhã registam uma quebra média de 50% devido à Covid-19, considerando o pacote de ajuda do Governo à comunicação social insuficiente.

“As receitas [da Cofina] neste momento devem ter uma quebra média de 50%”, disse Paulo Fernandes aos jornalistas à saída de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém.

Questionado sobre o pacote de ajuda à comunicação social anunciado pelo Governo na sexta-feira, o presidente da Cofina disse que é “absolutamente insuficiente”.

Na sexta-feira o Governo anunciou apoios de emergência aos media, no âmbito do impacto da Covid-19, onde se inclui “15 milhões de euros na aquisição antecipada de espaço para publicidade institucional, através de televisão e rádio, em programas generalistas e temáticos informativos, e através de publicações periódicas de informação geral“, anunciou a ministra da Cultura, Graça Fonseca.

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Questionada sobre quando é que a medida começa a ter impacto nas empresas de media, Graça Fonseca disse esperar que ainda “durante este mês”.

A Cofina, que detém o Correio da Manhã e a CMTV, registou, em 2019, um resultado líquido de 7,2 milhões de euros, um valor 15,3% acima do obtido em 2018, numa base comparável, “excluindo operações descontinuadas”, segundo um comunicado divulgado em 13 de março.

Na nota, o grupo explica ainda que, incluindo estas operações, o aumento dos lucros foi de 7,5%, em termos homólogos.

“O resultado líquido das operações descontinuadas, em 2018, reflete a alienação ocorrida no final de 2018, da operação que o grupo Cofina detinha no Brasil, através da subsidiária AdCommedia e da associada Destak Brasil”, detalha a Cofina.

As receitas operacionais do grupo, que detém outros títulos como o Jornal de Negócios e a Sábado, caíram 1,4% para 88,02 milhões de euros em 2019, ainda que no quarto trimestre de 2019 tenham crescido em 1%, sobretudo graças ao marketing alternativo.