O ministro do Ensino Superior disse esta terça-feira no parlamento que as universidades e os institutos politécnicos estão preparados para fazer o levantamento progressivo das medidas de contenção da Covid-19 após o estado de emergência, que termina no sábado.

“Ainda nenhuma instituição disse que não estaria preparada para fazer o levantamento progressivo das medidas de contenção” impostas por causa da pandemia da Covid-19, disse Manuel Heitor durante uma audição regimental na comissão parlamentar de Educação, Ciência, Juventude e Desporto.

Universidades e institutos politécnicos estão encerrados desde 16 de março, na sequência das medidas excecionais e urgentes decretadas pelo Governo devido à Covid-19, com as aulas a fazerem-se à distância.

Há mais de uma semana, o gabinete de Manuel Heitor emitiu uma orientação a recomendar às instituições científicas e do ensino superior que, até quinta-feira, “elaborem planos para levantamento progressivo das medidas de contenção”, incluindo “a reativação faseada” de atividades letivas e não letivas presenciais, devendo as instituições “estar preparadas para a sua concretização faseada a partir de 4 de maio”.

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Governo quer que universidades retomem as aulas a partir de 4 de maio  

Segundo a orientação, o ensino à distância deve ser combinado, “sempre que possível”, de forma gradual, com “atividades presenciais”, tais como aulas práticas e laboratoriais, avaliação e estágios.

Durante a audição, PSD e BE invocaram a incapacidade manifestada por dirigentes das instituições de ensino superior em retomarem progressivamente as aulas presenciais a partir de 4 de maio.

Da esquerda à direita, os deputados quiseram ainda saber, sem obter respostas, se o Governo vai apoiar financeiramente as universidades e institutos politécnicos com a compra de máscaras e com os custos adicionais com a eventual contratação de professores para garantir aulas presenciais nas devidas condições de segurança.

O ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior defende horários desencontrados e turmas mais pequenas.

Confrontado com as dificuldades de alunos em acompanharem as aulas à distância, Manuel Heitor afirmou que “são as próprias instituições que estão a facilitar os meios informáticos aos estudantes que não tinham computador”.