A bolsa nova-iorquina encerrou esta segunda-feira com uma nota positiva, com os investidores encorajados pela esperança de a economia reabrir em breve, no início de uma semana de resultados de empresas e reuniões de bancos centrais.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice Dow Jones Industrial Average ganhou 1,51%, para os 24.133,78 pontos, e o tecnológico Nasdaq valorizou 1,11%, para as 8.730,16 unidades.
Por seu lado, o alargado S&P500 avançou 1,47%, para os 2.878,48 pontos.
“Os investidores congratularam-se simplesmente por ver que alguns Estados norte-americanos começaram a reabrir os armazéns e parece que o desconfinamento em Nova Iorque está para breve”, observou Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities.
O governador do estado de Nova Iorque, epicentro da pandemia nos EUA, anunciou no domingo a possível reabertura de algumas atividades industriais e económicas depois de 15 de maio.
Vários países da Europa, como Espanha e Itália, também começaram a reiniciar as respetivas economias.
Alguns analistas, porém, estão a prevenir contra um otimismo excessivo.
“Os próximos indicadores económicos, a divulgar esta semana, e a queda contínua das cotações do petróleo devem colocar um travão a este otimismo”, antecipou Cardillo.
A relação entre o preço das ações das empresas e os dividendos é agora mais elevado do que em meados de fevereiro, antes de a pandemia atingir em pleno a economia dos EUA, sublinhou, por seu lado, Patrick O’Hare, da Briefing.
Esta é, na sua opinião, “uma indicação suplementar do divórcio entre os investidores e a realidade”.
Os atores do mercado estão a preparar-se para a publicação de vários resultados de empresas, entre as quais a Boeing, que fechou a perder 0,33%, General Electric (+2,56%), Apple (+0,07%), Microsoft (-0,29%), Alphabet (-0,27%) e Amazon (-1,42%).
Segundo o gabinete FactSet, as empresas do S&P500 devem apresentar um recuo médio dos lucros em 15,2% no primeiro trimestre e volumes de negócios estagnados.
O impacto deve ser ainda mais forte no segundo trimestre, com os analistas a esperarem uma redução dos lucros em 31,9% e do volume de negócios em 8,2%.
Por outro lado, os investidores acolheram favoravelmente o reforço pelo Banco do Japão do seu programa de compra de ativos, uma nova medida de apoio para a terceira maior economia mundial, apensa uns dias antes de uma reunião da Reserva Federal norte-americana, na quarta-feira, e do Banco Central Europeu, na quinta.