O Governo decretou a obrigatoriedade do uso de máscara nos transportes públicos e garantiu que não iam faltar nos pontos de venda, mas a autarquia cascalense vai mais longe e quer garantir que nos transportes do município — que são gratuitos desde o dia 1 de janeiro deste ano — ninguém fica de fora por não ter máscara: vai distribuir gratuitamente aos utilizadores. E a distribuição gratuita vai acontecer até que termine a obrigatoriedade decretada de uso das máscaras nos transportes públicos.

A iniciativa tem início na quinta-feira, na estação da CP de Carcavelos, onde num dia normal milhares de pessoas entram e saem para se deslocar até Lisboa para trabalhar. Para os munícipes “com mais de 65 anos e em situação de fragilidade social, económica ou de saúde”, as máscaras são gratuitas, explicou o presidente da autarquia Carlos Carreiras, à Rádio Observador.

Câmara de Cascais vai distribuir máscaras junto aos transportes públicos

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Segundo Carlos Carreiras, esta é a “terceira fase” de um plano da autarquia. Na primeira fase foram distribuídas máscaras pelos agregados familiares, garantindo que “pelo menos um elemento” pudesse sair à rua com maior proteção; na segunda fase as IPSS do concelho de movimentos associativos receberam também máscaras para que os munícipes pudessem comprar um máximo de três máscaras, cada uma por 70 cêntimos; e, agora, a terceira fase que conta também com a disponibilização de pacotes de quatro máscaras por 1 euro — estão acessíveis em 400 dispensadores que o município terá espalhados pelo território.

Dispensadores de máscaras que estarão disponíveis no concelho de Cascais

De acordo com Carlos Carreiras, os preços mais baixos praticados pela autarquia obrigaram também “o mercado local a ajustar-se”. “Baixámos para 70 cêntimos, o mercado local teve de se ajustar. Com 25 cêntimos, o mercado terá que se ajustar também a este preço, o que permite uma maior dispersão de máscaras na população de Cascais”, frisou.

O problema maior aqui é que vamos precisar de muitos milhões de máscaras. Fazer uma ação por si, colocando nas caixas do correio — por exemplo—, estamos a desperdiçar máscaras. As máscaras são um bem escasso. Adquirimos capacidade de produzir máscaras, por parte da câmara municipal. Vamos ter uma capacidade de produção mensal superior a 5 milhões de máscaras por mês e isso obriga a que haja uma constância da capacidade de fornecimento“, anunciou Carlos Carreiras.

Ao que o Observador apurou, a autarquia comprou as máquinas para produção de máscaras à China, que terão chegado num dos voos fretados pela autarquia com material que foi depois partilhado com os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa. Deverão começar a funcionar já na próxima semana, para assegurar que o stock atual de que o município dispõe não se esgota.