Questionado sobre se integraria um próximo Governo se recebesse um convite, Salvador Malheiro não descartou essa hipótese. “São aquelas questões… Nunca podemos dizer que não, mas a minha grande prioridade é Ovar, é exercer política de cariz autárquico, mas o futuro a Deus pertence”, respondeu o autarca social-democrata.
A política são cargos passageiros. Fiz um mandato, estou agora no segundo e com toda a certeza me vou candidatar novamente à câmara de Ovar. Acho que não há nada mais dignificante do que nós sermos presidentes da nossa terra e das nossas gentes.(…) Política é povo”, disse em entrevista à apresentadora Cristina Ferreira.
O presidente da Câmara Municipal de Ovar esteve esta segunda-feira no programa apresentado por Cristina Ferreira, na SIC, onde afirmou ainda que a “união política” foi determinante no combate à Covid-19: “Acho que é decisivo para o futuro nós continuarmos com esta necessidade extrema de termos consciência que temos de conviver com o vírus e proteger os outros, só assim é que podemos continuar a ser um exemplo para o mundo. Porque Portugal, graças a Deus… esta união de todos, até união política, foi decisiva. Estamos a ser um exemplo para o mundo, tal como Ovar está a ser um exemplo para Portugal.”
As declarações de Salvador Malheiro surgem poucos dias depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter homenageado Salvador Malheiro. “Foi um herói, acompanhou a par e passo, dia a dia” todas as fases da pandemia. “Nunca desistiu, nunca se resignou, teve uma coragem inimitável”, disse o presidente da República.
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Ovar foi o primeiro município do país a entrar em estado de calamidade, tendo uma cerca sanitária entre 17 de março a 17 de abril. “Foi a cerca sanitária mais duradoura, mais penalizada e mais resistente”, recordou Marcelo na sexta-feira, dia em que visitou Ovar. Sobre esse período, marcado por “momentos de aflição”, Salvador Malheiro disse sentir-se “orgulhoso” e até “um pouco vaidoso”. “Conseguimos estar à altura do problema, o problema não está resolvido, mas está claramente controlado.”