O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) disse esta quinta-feira que só a sua ação permitiu que o Governo recuasse na contratação de enfermeiros por quatro meses, para fazer face à pandemia de Covid-19.

“Só a intervenção desenvolvida de forma continuada pelo SEP junto do Ministério da Saúde, do Governo e das instituições permitiu o recuo relativamente à opção de contratar enfermeiros por quatro meses“, salienta o sindicato, em comunicado enviado esta quinta-feira à agência Lusa.

A estrutura sindical acrescenta ter sido também a sua insistência a contribuir para resolver o contexto de precariedade em que os enfermeiros em causa estavam a laborar.

“Da mesma forma, a exigência que todos os contratos dos enfermeiros admitidos em regime de substituição fossem transformados em contratos por tempo indeterminado fica agora solucionada”, salienta o SEP.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Na mesma nota, o organismo liderado por Guadalupe Simões considera positivo o anúncio feito esta quinta-feira pelo primeiro-ministro de que serão contratados mais profissionais de saúde até ao final do ano.

O SEP afirma ser “positivo o anúncio da contratação de mais 2.700 trabalhadores até ao final do ano, para permitir a retoma da atividade assistencial do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira que, até ao final do ano, serão contratados mais 2.700 profissionais de saúde e que será consolidada a situação laboral de 2.800 contratados na fase de emergência de combate à Covid-19. O anúncio deste plano de contratações no SNS foi transmitido por António Costa no final do Conselho de Ministros, que aprovou o Programa de Estabilização Económica e Social.

Falando sobre um dos pilares do Programa de Estabilização, o líder do executivo disse que está previsto um reforço do SNS, que, em primeiro lugar, se traduzirá “na consolidação laboral dos cerca de 2800 profissionais que contratámos nesta fase de emergência”.

“Vamos reforçar em mais 2700 profissionais a contratar até ao final do ano para aumentar a capacidade de resposta do SNS nas suas diferentes dimensões”, completou o primeiro-ministro.