A Iniciativa Liberal (IL) recomendou ao Governo a apresentação “com caráter de urgência” do calendário de abertura das escolas para o próximo ano letivo e o desenvolvimento de um plano de “recuperação da aprendizagem”, por causa da pandemia.

De acordo com um projeto de resolução entregue hoje na Assembleia da República, o deputado único da IL, João Cotrim Figueiredo, considera que “o fecho das escolas e o recurso extensivo ao ensino à distância”, na sequência da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus, tiveram um “impacto muito negativo nos alunos com dificuldades” de aprendizagem, e também nos estudantes “mais desfavorecidos”.

O eleito destacou também a “falta de condições” de algumas habitações e “a impossibilidade de haver apoio familiar adequado” como entraves ao ensino à distância, medida que foi implementada em todo o país aquando do fecho das escolas, a meio de março, para mitigar a propagação do SARS-CoV-2.

Por isso o deputado único da IL, que também é o presidente do partido, recomenda ao executivo liderado por António Costa (PS), que “apresente, com caráter de urgência, o calendário de abertura das escolas para o próximo ano letivo, expondo cenários de acordo quer com a atividade normal, quer com a possibilidade de novos surtos”.

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O eleito também considera ser necessário elaborar e implementar “um plano de recuperação da aprendizagem, a partir do início do ano letivo 2020/2021”, ou antes.

O desenvolvimento de um estudo “de impacto do confinamento na aprendizagem”, com o intuito de “aferir medidas urgentes de curto prazo para corrigir as necessidades” encontradas, também é uma das recomendações da IL, assim como a garantia de que há meios e recursos humanos necessários nas escolas para implementar “as medidas “do plano de recuperação” da aprendizagem.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 450 mil mortos e infetou mais de 8,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 1.524 pessoas das 38.089 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.