Havia em maio quase 409 mil inscritos no IEFP, mais 103 mil do que no mesmo mês do ano passado – ou seja, uma subida de 34% em comparação com o período homólogo. Os dados dizem respeito ao mês de maio e mostram que foram os menos qualificados que estão a ser mais afetados.
O boletim mensal do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) indica que “no fim do mês de maio de 2020, estavam registados, nos serviços de emprego do Continente e Regiões Autónomas, 408 934 indivíduos desempregados”. O total de desempregados registados em Portugal subiu 4,2% em relação a abril, ou seja, mais 16.611 indivíduos entre um mês e outro.
A região do Algarve teve um aumento superior a 200%, em termos homólogos.
Entre as classes profissionais, registou-se mais pedidos de subsídio de desemprego em áreas como operadores de instalações e máquinas e trabalho de montagem – foi aí que se registou “a mais expressiva subida percentual do desemprego”: 62,1%. Também os trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção, segurança e vendedores (mais 50%), além de trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices (41,6%).
Na nota enviada esta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, destaca-se, porém, um aumento de 121,9% nas ofertas de emprego face ao mês de abril, para 6.971, e, também, um aumento de 91,6% nas colocações face ao mês de abril, para 4.467.
O maior aumento do número de desempregados foi registado nos setor dos serviços (44,7%), em especial no alojamento, restauração e similares – aumentou 89,3%, segundo os dados do IEFP.