O presidente do Parlamento Europeu (PE) considerou esta segunda-feira “inaceitável” a situação na Bielorrússia, no final de um encontro com a ex-candidata da oposição às presidenciais do país, Svetlana Tikhanovskaya.

“A situação atual é inaceitável”, salientou Sassoli, apelando ao Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que liberte todos os detidos e dialogue com o Conselho de Coordenação – um conjunto representativo da oposição democrática do qual Svetlana Tikhanovskaya faz parte — e representantes do povo bielorrusso. O presidente do PE lembrou ainda haver centenas de bielorrussos detidos, muito dos quais foram torturados. “Há 45 dias que o povo protesta nas ruas exigindo o direito a escolherem o futuro para o seu país”, referiu ainda.

Na sua deslocação a Bruxelas, Tikhanovskaya participou num debate com eurodeputados da comissão de Negócios Estrangeiros do PE sobre situação na Bielorrússia e encontrou-se com os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), junto de quem reclamou o apoio ao movimento democrático bielorrusso.

As presidenciais de 9 de agosto deram a vitória a Alexander Lukashenko, no poder há 26 anos, o que é contestado pela oposição e não é reconhecido pela UE. Nos primeiros três dias de protestos a seguir às eleições foram detidas 6.000 pessoas. A seguir, o número de detenções baixou, mas nas últimas semanas voltou a aumentar, elevando-se agora a 10.000 desde o início dos protestos. A repressão policial fez por outro lado seis mortos e centenas de feridos, segundo a oposição.

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