Quem o teve como professor é mais ou menos unânime ao descrevê-lo: tratava-se de um homem calmo, que gostava de ouvir os alunos, de os fazer debater ideias e posições em sala de aula. Alguém apaixonado pela profissão e por ensinar, que preferia pôr os alunos a pensar do que sugerir-lhes como pensar.

É assim que Samuel Paty é descrito por antigos alunos. Não poderá continuar a ser descrito, desta maneira ou de qualquer outra, por futuros alunos: na passada sexta-feira foi decapitado por um rapaz de 18 anos, em plena rua. Deixou um filho de apenas cinco anos.

As autoridades francesas acreditam que na origem do crime terá estado uma aula em que Paty mostrou aos seus alunos cartoons satíricos sobre Maomé, para discutir o massacre bárbaro na redação do jornal Charlie Hebdo em 2015.

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