Esta sexta-feira à tarde um professor foi encontrado decapitado perto de uma escola em Conflans-Sainte-Honorine, nos subúrbios de Paris, por volta das 17h (16h em Lisboa). O alegado autor do crime terá sido abatido pela polícia quando estava em fuga em Ergany, cidade vizinha avança o Le Parisien. O suspeito não cumprira a ordem de baixar a arma, uma faca de cozinha, possivelmente utilizada no crime, e resistiu agressivamente à detenção.

As autoridades francesas creem que o suspeito é pai de um dos alunos da vítima. O professor de história teria dado uma aula sobre a liberdade de expressão onde mostrou caricaturas de Maomé, apurou o Le Monde.

A polícia, que está a tratar o caso como sendo terrorismo, pediu no Twitter que a população se mantenha afastada do local do crime.

A polícia encontrou um documento de identificação do suspeito baleado pela polícia que indica que o mesmo terá 18 anos e é de origem chechena, embora os investigadores ainda não tenham a certeza se o documento pertence efectivamente ao mesmo homem, avança o Le Monde.

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Minutos após a tragédia, foi publicada no Twitter uma mensagem que reivindicava o ataque, mas as autoridades ainda não conseguiram perceber se a publicação foi feita pelo suspeito atingido. A mensagem dirigia-se a Emmanuel Macron, “o líder dos infiéis” e nela o indivíduo afirmava ter executado “um dos seus cães do inferno que menosprezou Mohammad”.

O chefe de Estado francês considerou, citado pela agência France-Presse (AFP), que o homicídio um “característico ataque terrorista islâmico”, no entanto, “o obscurantismo não vencerá”

“Um dos nossos compatriotas foi morto hoje porque ensinou (…) a liberdade para acreditar e não acreditar”, acrescentou Macron, desta vez citado pela Associated Press (AP). O Presidente francês vincou que este ataque não pode dividir o país, uma vez que, na opinião de Macron, é esse o objetivo dos extremistas: “Temos de nos unir enquanto cidadãos.”

O minsitro do Interior, Gérald Darmanin, que estava de viagem em Marrocos, decidiu regressar a Paris assim que soube do ataque. Os deputados da Assembleia Nacional reagiram à ocorrência saudando a memória do professor e denunciando o “ataque abominável”.