Quatro novos suspeitos de estarem ligados ao atentado de quinta-feira numa basílica católica em Nice (sul de França), que causou a morte de três pessoas, foram esta terça-feira detidos nos subúrbios de Paris, avançou a polícia.
Os quatro homens foram presos em Val-d’Oise, perto de Paris, disse fonte policial á agência de notícias francesa AFP. Um deles, de 29 anos, é suspeito de ter estado em contacto com o agressor tunisino Brahim Issaoui. Os outros três, com idades entre os 23 e os 45 anos, estiveram presentes na casa do primeiro, acrescentou a mesma fonte.
Estas quatro detenções juntam-se a outras seis que já tinham sido realizadas desde quinta-feira, embora todos os suspeitos tenham sido libertados até agora, com exceção de um tunisino de 29 anos.
Ataques terroristas. 3 pontos para compreender o que está a acontecer em França
Este homem é suspeito de ter viajado com Brahim Issaoui a bordo de um barco que atracou na ilha italiana de Lampedusa, no Mediterrâneo, tendo os dois continuado a viagem para França.
Brahim Issaoui, de 21 anos, continua hospitalizado e, segundo a AFP, realizou um teste que mostrou estar infetado com o coronavírus que causa a Covid-19, condição que poderá atrasar a sua audiência em tribunal durante vários dias.
Três pessoas morreram, uma delas degolada, no interior da basílica de Nossa Senhora de Nice, num ataque perpetrado na quinta-feira por um homem armado com uma arma branca.
“Digam aos meus filhos que os amo”. Simone foi uma das vítimas do esfaqueamento em Nice
O autor do ataque foi rapidamente detido pela polícia, tendo sido ferido a tiro com gravidade e transportado para o hospital.
Segundo fonte próxima do inquérito, o atacante gritou “Allah Akbar” (“Deus é grande”) durante o ataque, que ocorreu duas semanas depois da decapitação de um professor na região de Paris, assassinado depois de ter mostrado caricaturas de Maomé numa aula sobre liberdade de expressão.