Um tribunal da Pensilvânia deu na quinta-feira uma vitória à campanha do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, numa das múltiplas ações judiciais apresentadas para reverter o resultado das eleições, que o democrata Joe Biden venceu.

A decisão afeta um número indeterminado de votos, embora, de acordo com as autoridades estaduais, sejam bem menos do que os mais de 54.000 que separam Biden e Trump na votação.

A lei estadual da Pensilvânia dava seis dias após a eleição (ou seja, até 09 de novembro) para os cidadãos que enviaram os seus votos pelo correio sem um documento de identificação apresentarem um válido.

A secretária de Estado da Pensilvânia — a mais alta autoridade eleitoral —, a democrata Kathy Boockvar, alargou esse prazo três dias antes da eleição até 12 de novembro, uma decisão que a campanha de Trump contestou em tribunal.

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A decisão do tribunal na quinta-feira, que já havia ordenado que os votos validados entre 10 e 12 de novembro fossem mantidos separadamente, dá agora razão a Trump e ordena que o Estado não os inclua na contagem final.

A juíza que assinou a ordem, Mary Hannah Leavitt, disse que Boockvar “não tinha autoridade legal” para decidir a prorrogação.

Embora não tenham indicado quantos votos estão em causa, as autoridades locais afirmaram que as várias ações apresentadas por Trump não vão afetar a vitória de Biden na Pensilvânia projetada pelos ‘media’.

Biden soma atualmente 49,77% dos votos, contra 48,96% de Trump.

A projeção da Pensilvânia na manhã de sábado deu a Biden os delegados necessários para se declarar vencedor da eleição, uma vitória que Trump ainda não reconheceu, alegando fraude eleitoral, mas sem apresentar provas.

Para vencer Biden, que já tem 290 delegados, Trump teria de provar a fraude em tribunal e reverter os resultados, não apenas em um, mas em vários estados-chave, algo que é visto pelos analistas como extremamente improvável.